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Direita cínica fala que Brasil foi campeão porque Neymar não jogou

Após a seleção brasileira ganhar a Copa América, sem a presença de Neymar, os monopólios de comunicação da direita golpista agora lançam as seguintes questões: a seleção brasileira jogou melhor ou não sem Neymar? Neymar merece ou não uma nova chance na seleção?

Apesar de absurdas e ridículas, essas perguntas dão continuidade aos ataques sistemáticos a que o melhor jogador do Brasil e do mundo vem sendo submetido há alguns anos pelo conjunto da mídia burguesa nacional e internacional. De forma evidente, elas levantam a bola para questionar a importância e o papel de protagonista que o jogador desempenha na seleção.

Nos vários programas esportivos do país, na televisão, no rádio ou na internet, tornou-se comum ouvir a opinião de que a ausência de Neymar fortaleceu o “coletivo”, o “conjunto” da seleção, de que sem Neymar o time “funcionou melhor”. É a opinião, por exemplo, do principal comentarista esportivo da golpista Rede Globo, o ex-jogador Casagrande, que no programa Encontro com Fátima Bernardes, desta segunda-feira (08/07), observou: “É inegável: o Neymar é o melhor jogador do Brasil, sem dúvida alguma, mas ele não é [sic] o melhor comportamento do Brasil. Já faz algum tempo. Depois da Copa do Mundo, foi uma queda livre constante, desde a chacota de ficar caindo, rolando, que virou o mundo todo, depois agrediu um torcedor, depois xingou o árbitro e já está suspenso três jogos da Champions League do ano que vem, depois teve esse problema com a garota, processo com acusação de estupro e de crime virtual, se contundiu… Esses jogadores precisavam ganhar com eles, porque a presença do Neymar, do jeito que o Neymar era – espero que era – centralizador, os outros jogadores praticamente não existiam, porque o Brasil ganhava de 5 a 0, com 3 gols de um jogador e um gol do Neymar, e só se falava do Neymar, e a reportagem era do Neymar, e a entrevista era do Neymar, quem era convidado para o programa era o Neymar… Agora, tem um time. Agora, por exemplo, lá no canto dele tem o Everton, que é representante do torcedor brasileiro, foi o artilheiro da Copa América, foi o melhor jogador do jogo de ontem, [que joga] na mesma posição do Neymar… Então o Neymar tem que vir para a seleção, não é mais a seleção brasileira que tem que ir ao encontro do Neymar”.

É possível notar nesse tipo de análise, de um lado, um moralismo hipócrita e cínico, na medida em que se refere ao “comportamento” do jogador. Neymar seria uma espécie de ser “imoral”, um “mau exemplo”, um “monstro”. De outro lado, ressalta-se a pobreza e a arbitrariedade dos argumentos que buscam demonstrar a melhora da seleção sem Neymar. O Brasil – afirmam as gralhas da imprensa golpista – sem Neymar, jogou como time, coletivamente. Mas e o desempenho da seleção brasileira, com Neymar em campo, durante as eliminatórias da última Copa do Mundo, quando o Brasil terminou na primeira colocação, 10 pontos à frente do segundo colocado, classificando-se de forma tranquila para a competição principal? Por acaso o Brasil não jogou como time, coletivamente? Trata-se de um argumento falacioso, que seleciona arbitrariamente alguns jogos, com ou sem a presença de Neymar, e deixa de lado outros tantos, para demonstrar uma tese pré-estabelecida.

O fato é que, por conta do enraizamento do futebol no seio do povo brasileiro, da massificação desse esporte, sobretudo entre a classe operária e as camadas populares da sociedade, a seleção brasileira conta com um número inigualável de jogadores de altíssimo nível, o que faz com que a equipe, mesmo sem seu principal jogador, possa vencer qualquer competição. Mas não se conclui daí que, sem seu principal jogador, o time jogou melhor. Sem Neymar, a seleção jogou em um excelente nível, mas com Neymar, a seleção poderia ter alcançado um nível muito superior. Não há na atualidade um jogador com tamanha habilidade e técnica, com tamanha capacidade para desequilibrar e decidir jogos.

A ausência de Neymar, ao contrário do que dizem os comentaristas da imprensa pró-imperialista, só interessa aos adversários da seleção e do futebol brasileiros. A desmoralização, as calúnias e a perseguição ao principal jogador da principal nação do futebol no mundo não passam de uma manifestação particular do ataque contra um dos principais pilares da cultura nacional, o futebol, ataque esse que se faz necessário para manter e aprofundar a dominação imperialista no país.

 

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