Uma das principais potencias econômicas de ontem e de hoje, a “Rainha dos Mares”, segundo os atos de navegação de Oliver Cromwell, a Inglaterra volta a ser manchete na atualidade através de um antigo problema social e, até mesmo, institucional, que eles procuram ocultar: A discriminação racial, presente em todos os setores da sociedade.
Durante a idade moderna, a Inglaterra foi uma das principais potencias mundiais, tendo lucrado bastante com o trafico negreiro africano; posteriormente, e de forma contraditória, lutou pela abolição da escravatura no mundo por causa da sua revolução industrial e em defesa da economia de mercado e da mão de obra assalariada a ser explorada no continente africano.
Apesar destas contradições, este país procura esconder dentro do seu espectro social o problema da discriminação racial, problema este aparente em vários momentos da vida dos ingleses: no futebol, na imprensa, nas redes sociais, no trabalho, no cotidiano dos estrangeiros residentes no país e até mesmo dentro da família real britânica, onde a esposa do príncipe Harry foi vitima de racismo e fez com que o príncipe se retirasse de suas obrigações protocolares.
Desde o inicio do seu relacionamento com Meghan, em novembro de 2016, o príncipe denunciou a imprensa britânica por ter usado um tom racista nos seus comentários e um sexismo aberto para aquela que ainda era a sua namorada. Também foi perturbador o comentário da irmã do primeiro-ministro conservador Boris Johnson, Rachel, no Mail on Sunday em novembro de 2016 de que Meghan era “geneticamente abençoada” e traria “DNA rico e exótico” para a família “pálida” de Windsor. Entretanto, o próprio príncipe Harry afirma que foi o racismo inglês um dos principais motivos que o fez deixar a Inglaterra.
O caso de Jean Charles de Menezes, eletricista brasileiro que ficou conhecido após ser executado por engano por agentes da Polícia Metropolitana de Londres, que o confundiram com um terrorista fugitivo, mostra a verdadeira face racista da sociedade londrina em relação aos imigrantes residentes naquele país e como são tratados pelas suas autoridades, como uma ameaça à tranquila e pacata sociedade conservadora britânica.
Tudo isso comprova uma única coisa, a hipocrisia existente entre as potencias imperialistas, que querem explorar ao máximo os países subdesenvolvidos, como no caso inglês que explorou durante anos a Índia, mas não querem nenhum tipo de contato com os explorados, querem extrair os seus recursos, mas não querem dividir os resultados, esta é a verdadeira face cruel destas potencias hipócritas que usam de seu potencial econômico e militar para subjugar países pobres, explorar as suas riquezas e a sua força de trabalho, mas discriminam social e economicamente estes povos na sua soberba hipocrisia social.