Antes mesmo que os derramamentos de petróleo começassem no nordeste brasileiro, afetando diversas praias e todo o ecossistema local, o governo ilegítimo de Bolsonaro já havia definido o fechamento dos Centro de Defesa Ambientais (CDAs). Através de ato administrativo, a Petrobras definiu o fechamento destes centros. Por meio de seus novos diretores indicados por Bolsonaro a política da terra arrasada foi implementada.
Estes CDAs são bases estrategicamente posicionadas em território nacional e preparadas para cada tipo de derramamento, seja petróleo ou qualquer um de seus derivados. Além disso, o pessoal que lá trabalha tem equipamento e treinamento específico. O funcionamento, inclusive, até agora é integral durante todo o ano.
Nesse momento são cerca de cento e trinta praias afetadas em nove estados no nordeste do país e a omissão que o governo pratica é criminosa. É deste modo que o governo de Bolsonaro planeja administrar o país até 2022, através da destruição de todo patrimônio público – natural, cultural ou estatal.
Não se trata, portanto, de construir um país melhor. A proposta do estado mínimo é a forma como os liberais encontraram de lucrar cada vez mais sem se preocupar com o impacto de sua exploração. Uma vez que a única responsabilidade que os capitalistas tem é com os próprios lucros. É nesse sentido que a proposta de privatizar a Petrobras se encaminha. Ao diminuir custos com as políticas de preservação ambiental o governo procura baratear os custos para o capitalista mais vil.
Mais do que a própria omissão, o governo utiliza cada problema ambiental por ele criado para, através da mentira e distorção de fatos, colocar a culpa em seus opositores. O que ele fez dessa vez foi colocar a culpa do derramamento de óleo no nordeste nos companheiros governados por Maduro.
A política é claramente uma pretensão de colocar em foco o governo venezuelano para assim colocar a opinião pública a favor de uma invasão. Portanto, é uma determinação da política imperialista em que o capacho Bolsonaro insiste em seguir. Nesse sentido, é uma distorção enorme, em que se pretende colocar a culpa dos problemas do capitalismo na esquerda. Mais uma mentira dos governos da extrema direita, criar inimigos que se pretende destruir.
Por isso, apesar do trabalho dos funcionários da Petrobras durante o caso atual, o próximo já pode não ter o mesmo esforço. Por isso, combater Bolsonaro – organizar a população para grandes mobilizações – é essencial. O governo não pode permanecer até 2022, o país não resistirá até lá. É preciso romper o imobilismo político.