A eleição, mais fraudada e manipulada na história do País, de um representante dos banqueiros, capitalistas e do imperialismo, à presidência da República elevou, ainda mais, o nível de ataques aos trabalhadores do Banco do Brasil através da sua direção golpista.
Agora ameaçam, com perda da comissão, aqueles funcionários que têm ações na justiça, contra o banco, pleiteando a receber as 7ª e 8ª horas trabalhadas e não pagas.
Para isso o BB implantou, em algumas capitais, a famigerada CCV (Comissão de Conciliação “Voluntária”) com o objetivo de migrar as funções de 8 horas para 6 horas (com perda salarial) e eliminar um passivo trabalhista, devido ao descumprimento em relação à jornada de trabalho dos bancários de 30 horas semanais.
Em Brasília, uma das cidades em que houve a implantação do programa, depois das ameaças do Diretoria de Pessoas (Dipes) recentemente, praticamente todos os dias são assinados dezenas de acordos da CCV, que, sob coação por parte dos prepostos do banco, os funcionários ficam obrigados a assinar um termo abrindo mão do direito de receber integralmente os valores devidos pelo BB por quantias, geralmente, não passam de 13% do valor devido.
Toda essa ofensiva da direita golpista, à frente do Banco do Brasil, em eliminar um gigantesco passivo com os trabalhadores é parte da operação de ataques aos bancos públicos visando preparar as empresas para a privatização. Não se pode deixar de associar tal política no BB com as declarações do já anunciado futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que pretende privatizar todas as empresas estatais.
Os bancários não devem aceitar mais esse ataque da direção golpista do BB aos seus direitos. É necessário preparar, imediatamente, a reação dos trabalhadores através de uma gigantesca mobilização de toda a categoria bancária, conjuntamente com as demais categorias contra o golpe e todas as medidas dos golpistas, que têm um objetivo claro: eliminar todos os direitos e conquistas dos trabalhadores para beneficiar e entregar toda a riqueza nacional para meia dúzia de capitalistas parasitas nacionais e internacionais.