Circula nos bastidores do Banco do Brasil informações, ainda não oficiais, de uma nova reestruturação na empresa que irá afetará diretamente os trabalhadores.
Segundo a rádio corredor, e onde há fumaça há fogo, novas mudanças que estão para acontecer no próximo mês de julho afetará principalmente o setor de tecnologia do banco (ditec) com a até provável extinção da dependência. Há a possibilidade de mais um famigerado Plano de Aposentadoria Extraordinário (PAE) para o início do próximo semestre, plano esse que tem como objetivo, como os últimos que ocorreram, reduzir custo da folha de pagamento para aumentar o nível de competitividade do banco, conforme declaração do próprio presidente do banco quando ocorreram os PAEs. Haverá descomissionamento em massa com a nova estrutura que está sendo desenhada na área de TI. Além do ataque ao setor de tecnologia, segundo os comentários a Unidade de Suporte Operacional ou será todo automatizado ou terceirizado por completo. Esses são apenas um dos aspectos das denúncias que estão correndo dentro da empresa. Está por vir muito mais.
Os trabalhadores do Banco do Brasil sofrem hoje um dos mais brutais ataques já sofridos ao longo de sua história. Como se não bastasse o arrocho salarial, a política de pessoal da direção do banco, a coação no PAE, o ataque aprofundou-se mais ainda através das transferências compulsórias, descomissionamentos, da pressão e da perseguição imposta por comissionados a funcionários, do aumento brutal da jornada e volume de trabalho etc.
Consequentemente, o banco vive hoje uma situação de centenas e centenas de casos de afastamento de funcionários por doenças decorrentes de problemas cardíacos, gastro nervoso, hipertensão arterial, fadiga, instabilidade emocional, entre outras, além de lesões por esforços repetitivos (LER).
Os trabalhadores do Banco do Brasil, que trabalham no departamento de infraestrutura vinculados à Ditec (Diretoria de Tecnologia), denunciam o sucateamento no setor com vista a aumentar pressão para que o mesmo seja entregue para empresas tereceirizados assumirem o controle do setor, que é estratégico para a manutenção de um banco público.
É necessário esclarecer que quem exerce a função de vice-presidente da Ditec é nada menos do que Gustavo Vale, que já ocupou a mesma função na famigerada era FHC (PSDB), governo que privatizou quase todo o patrimônio do povo brasileiro a preço de banana, como a Vale do Rio Doce, CSN, as Teles, Energia, Água, etc. Vale foi empossado nesta função em consequência do golpe de estado que tem como uns dos fundamentos a entrega, do que sobrou da era FHC, do patrimônio e riquezas nacionais.
O setor de infraestrutura da Ditec é a dependência que cuida de manter o sistema de tecnologia em funcionamento e não é por acaso que sistematicamente ele vem dando vários crash fruto da precarização do trabalho com redução de postos de trabalho onde os trabalhadores estão sendo obrigados a trabalharem na noite, madrugada, feriados, fim de semana, etc. com o objetivo de aumentar o número de terceirizados.
É necessário organizar uma grande mobilização para barrar todas as medidas da direita golpista a frente dos bancos públicos, a única forma de combatê-las e derrotá-las é a luta contra o golpe e pela a anulação de todas as suas medidas.