As três torres do Banco do Brasil, em Brasília, que abriga em torno de quatro mil trabalhadores, torres essas denominadas Green Tower, projeto desenvolvido pela norte-americana Tishman Speyer, proprietária de 85% do negócio, em parceria coma Via Engenharia, que detém 15%, empresas essas beneficiadas com o “empréstimo” do BB de R$ 355 milhões para a construção dos edifícios e, além disso, o banco paga um aluguel de cerca de R$ 4 milhões mensais por cada torre.
A proprietária das torres, que se gaba em dizer é o que “há de mais atual em tecnologia” e “empreendimento com novo conceito de qualidade, sustentabilidade e conforto”, esconde no seu subsolo, por conta de uma política de ataques por parte do banco aos trabalhadores, um ambiente degradante e insalubre, tantos os funcionários do banco quanto para os terceirizados, maioria nessa localidade do prédio.
Os riscos para a saúde do trabalhador é parte da rotina de quem trabalha no subsolo do prédio, obrigados a inalar todos os dias CO² despejados pelos carros que transitam por ali para estacionamento, e pior, a cantina dos trabalhadores das empresas terceirizadas, onde os mesmos tomam o seu café de manhã e almoçam todos os dias, fica localizado nessa mesma garagem.
As salas que abrigam o setor de malote e administração predial são verdadeiros cubículos, sem ventilação adequada, e na maioria das vezes o ar condicionado se encontra com defeito.
Ruídos, vibrações, iluminação deficiente, umidade, bactérias, fungos, insetos peçonhentos, entulho acumulado, tudo isso e muito mais são as condições em que estão submetidos os trabalhadores nessas dependências do Banco do Brasil.