O governo golpista Bolsonaro e seus asseclas nas direções das empresas estatais estão a todo o vapor com a política de privatizações. Foi aprovado na última terça-feira (11) a celebração de aditivos a termos de compromisso junto ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) com o objetivo de ampliar o prazo para a venda de refinarias e ativos da Gaspetro.
Pelo novo cronograma a Petrobrás pretende vender a Refinaria Issac Sabbá (Reman), Lubrificantes e Derivados de petróleo do Nordeste (Lubnor) e a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) até o dia 31 de julho, nos casos da Unidade de Industrialização de Xisto (SIX), Refinaria Gabrel Passo (Regap) e Refinaria Abreu e Lima (Rnest) terão o seu prazo estendido, pela a autarquia, até 30 de outubro. A Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) tem até o final do ano. No caso da Gaspetro, que detém a participação nas concessionárias estaduais de serviços de distribuição de gás canalizado nos estados, os golpistas pretendem vender até o final de junho.
Com o golpe de Estado de 2016 a direita golpista vem impondo uma política de fatiamento das empresas estatais, vendendo os seus ativos, como forma de entregar o patrimônio do povo brasileiro para os capitalistas e banqueiros nacionais e internacionais e, por fim, liquidar com as estatais.
Na Petrobrás já foram privatizadas: a segunda maior empresa do Brasil, a BR Distribuidora, a maior malha de gasoduto da Petrobrás, com a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG), a Liquigás, distribuidora de GLP, reservas de petróleo e participações na produção de biocombustíveis. Recentemente foram vendidas as termelétricas, localizadas no município de Camaçari (BA), Arembepe, formado por 21 usinas termelétricas, uma usina eólica e uma usina solar fotovoltaica, além de 11 usinas coligadas.
A política adotada pelos golpistas, para com as empresas estatais e, em particular em relação à Petrobrás, é um verdadeiro crime contra toda a população, ao doar o patrimônio do povo brasileiro para satisfazer o apetite de meia dúzia de parasitas capitalistas, que só tem um objetivo: o lucro.
Neste sentido, a ofensiva reacionária da direita contra os trabalhadores em geral, as empresas estatais e, em particular na Petrobras, precisa ser respondida a altura através das mobilizações e da organização dos milhares de trabalhadores, em defesa da empresa. É preciso chamar plenárias de trabalhadores, imediatamente, em todas as dependências da Petrobrás para dar um basta à política de privatização e, deliberar por uma campanha, conjuntamente com os demais trabalhadores das empresas estatais, que passam pelo o mesmo processo de privatização, Eletrobras, Bancos Públicos, Correios, Dataprev, Casa da Moeda, dentre outras, e colocar em marcha uma ampla campanha, nas ruas, contra os ataques da direita golpista ao patrimônio do povo brasileiro e aos trabalhadores.