Com a deposição da presidenta eleita legitimamente, os golpistas, primeiro com Michel Temer e agora com Jair Bolsonaro, têm atacado duramente as relações de trabalho, isso ganhou uma nova página macabra contra a crise gerada pelo coronavírus.
As estatais também tem aumentado suas jornadas de trabalho passando por cima da legislação. Um exemplo é a denúncia da Federação Única dos Petroleiros (FUP), de que está ocorrendo em diversas refinarias turnos de 12 horas seguidas.
Essas doze horas seguidas violam a Lei 5.811/72, que instituiu o trabalho prestado em regimes especiais de turnos ininterruptos de revezamento e de sobreaviso, destinados à indústria do petróleo. Porém a empresa instituiu de forma unilateral, não foi acordada em uma negociação coletiva de trabalho.
Um absurdo, pois estamos em meio a uma pandemia, deveria-se estudar redução de turnos, para evitar uma maior contaminação. Mas os patrões, que estão apenas preocupados com seus lucros, expõem os trabalhadores às situações de contaminação e trabalho exaustivo.
“Como lembra o site da FUP durante 30 anos, o regime de 3 dias de turnos de 8 horas por 2 dias de folga, em 5 grupos, resultou de negociação coletiva de trabalho, e a respectiva cláusula normativa sempre foi renovada”.
Esse aumento da jornada tem reflexo na saúde dos trabalhadores, além do coronavírus . A Petrobrás e os petroleiros vem sendo atacados em seus direitos desde o governo FHC, com diversas atividades que foram terceirizadas, impondo regimes diferenciados para os trabalhadores.
Diante dessa barbaridade e de outras que vem ocorrendo com os direitos dos trabalhadores, devido à crise econômica de 2008, é o seu agravamento com a crise sanitária que tem gerado milhões de demissões. É preciso que a FUP vá além da briga judicial ou denuncia na internet, é preciso organizar os trabalhadores, pois o desejos dos patrões á serviço do capitalismo é terceirizar e privatizar a Petrobras.
Por uma greve dos Petroleiros, que é um setor fundamental da economia, por isso, é preciso sair da paralisia e ganhar a as ruas pelo Fora Bolsonaro e pelo fim das terceirizações, fim da jornada ininterrupta de 12 horas. Somente uma greve vai barrar as demissões e os abusos da direção.