A Cooperativa de Crédito para Funcionários da Ativa ou Aposentados dos Bancos Federais (Cooperforte) pretende, nesta Campanha Salarial, retirar direitos dos trabalhadores conquistados ao longo de vários anos de muita luta da categoria.
Se aproveitando da situação de golpe no País em que a direita nacional alinhada com os países imperialistas, principalmente o norte-americano, sistematicamente vêm retirando direitos da classe trabalhadores através de medidas do governo golpista de Michel Temer, e aprovadas no reacionário Congresso Nacional, os banqueiros e as instituições de crédito estão aprofundando os ataques à categoria bancária com demissões em massa, terceirizações, descomissionamentos, etc.
É contando com essa conjuntura que a direção da Cooperfote, nesta campanha Salarial, pretende se apoiar para atacar ainda mais os direitos dos trabalhadores. Além de proporem o congelamento dos salários, querem acabar com o auxílio alimentação para os funcionários que estejam afastados por licença saúde por mais de 180 dias (vale lembrar que a grande maioria dos casos das licenças são aquelas adquiridas decorrentes ao trabalho), e alterar a conquista na aquisição do empréstimo de férias.
Há, por parte das direções do movimento, uma interpretação equivocada e defensiva da atual situação política nacional de que não é possível lutar e arrancar mais dos banqueiros.
A burguesia se vê pressionada pela situação, pela crise provocada pela evolução da situação à esquerda, com a enorme revolta e rejeição popular contra o golpe. Um desses sintomas é o gigantesco apoio à candidatura de Lula, que mesmo com a cassação da sua candidatura realizada pelos golpistas ganharia a eleição já no primeiro turno.
É necessário ampliar a denúncia dos lucros bilionários do setor financeiro em contradição com a situação de penúria dos trabalhadores.
Está marcado para o próximo dia 17 de setembro a assembleia dos trabalhadores da Cooperforte para deliberar os rumos da Campanha Salarial. Os trabalhadores devem rejeitar a proposta de ataques aos seus direitos e organizar uma ampla mobilização pelo atendimento das suas reivindicações mais sentidas da categoria.