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Pandemia e luta

Dinamismo do movimento estudantil desperdiçada por judicialismo

Movimentos populares não devem confiar no judiciário como meio de luta. É preciso mobilizar nas ruas!

Em postagem na sua página do facebook (https://www.facebook.com/photo?fbid=2688174861294061&set=a.291331134311791), a União Estadual de Estudantes do Rio Grande do Sul divulgou que protocolou denúncia no Ministério Público. Juntamente com os DCEs, eles solicitam na Justiça a redução das mensalidades dos estudantes das instituições privadas de ensino superior do estado devido à pandemia de Covid-19. Com esta medida, a UEE-RS mostra uma forma de luta equivocada pois, exigir medidas benéficas para os estudantes com ações no judiciário burguês é, no mínimo, inconsequente.

Desde o primeiro minuto que assumiu como presidente, o fascista Bolsonaro tem atacado intensamente o ensino público. Em 2019 o movimento estudantil precisou se rebelar contra os cortes na educação e conseguiu que o dinheiro fosse liberado naquele ano: um recuo provisório do governo golpista. Um duro golpe contra o movimento estudantil foi desferido com a decisão do governo de confeccionar carteirinhas estudantis, quebrando o financiamento do movimento. Em nenhum desses casos a justiça atuou para beneficiar a luta estudantil.

Naquele momento de grande mobilização nacional, as organizações estudantis cometeram o erro de não atacar o governo como um todo e não pedir Fora Bolsonaro. Lutaram contra pautas parciais, ou, metaforicamente: desviaram de algumas balas, mas mantiveram a metralhadora nas mãos dos golpistas. Hoje, em meio a uma pandemia histórica, as organizações populares, sindicais e estudantis encontram-se numa paralisia atroz, enquanto a direita mantém a destruição de direitos, empregos e renda da população.

Mas, o que fazer em meio a uma pandemia e uma campanha de “#fiqueemcasa” feita pela direita e apoiada por boa parte da esquerda? Simples. A burguesia adotou uma tal “flexibilização” do isolamento social, transformando os trabalhadores em buchas de canhão em favor dos seus lucros. Como disseram chilenos em protesto nas ruas daquele país no último dia 27: “se podemos trabalhar, podemos protestar”. A saída está nas mobilizações populares nas ruas.

Ao abandonar a mobilização de massas por uma ação junto à burocracia judicial, a UEE e os DCEs do Rio Grande do Sul estão castrando a energia do movimento estudantil e convertendo as entidades em meros escritórios jurídicos. Até quando a maioria da esquerda e dos movimentos populares e sindicais irão ter medo/vergonha de saírem às ruas porque a burguesia diz que é prudente ficar em casa enquanto o povo está morrendo sem atendimento? É mesmo prudente que organizações de luta fiquem paralisadas enquanto seus representados sofrem ataques diários da burguesia?

Já passou da hora de a esquerda se preocupar menos com a opinião pública e mais com o povo. O desemprego cresce, o auxílio financeiro não chega a quem precisa ou, quando chega, é insuficiente. As contas não param de chegar nas casas dos trabalhadores, mas não há dinheiro. É preciso organizar agora, nesse momento de fragilidade e contradições, a luta contra o governo golpista e fascista! Fora Bolsonaro! Eleições Gerais!

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