Nesta segunda feira dia 06 de julho, o jornal Campo Grande News da cidade de Campo Grande no estado do Mato Grosso do Sul divulgou o resultado de uma enquete apontando que 61% dos estudantes não se adaptaram às aulas virtuais. A enquete faz parte de uma série de enquetes semanais do jornal, ela foi realizada com seus leitores e perguntava se “Seu filho tem se adaptado às aulas pela internet?”.
O jornal Campo Grande News costuma realizar essa enquetes semanalmente com seus leitores, sobre os mais diversos temas, nestas semana passada o tema da enquete foi adaptação dos alunos “às aulas virtuais”, ou o Ensino a Distância (EaD) adotado pelas redes pública e particulares de ensino durante esse período de pandemia de covid-19. A pergunta da enquete era “Seu filho tem se adaptado às aulas pela internet?” questionava se as crianças estavam adaptadas ao uso de tecnologias remotas para a realização das aulas EaD.
O resultado foi bastante elucidativo, o “não” teve 61% dos votos, ou seja segundos os pais 61% das crianças não tinham se adaptado a nova modalidade de aulas e o “sim” teve apenas 39% votos, a imensa minoria dos pais alegaram que seus filhos estavam adaptados a modalidade EaD. A modalidade EaD foi adotada pelas redes de ensino público nesta pandemia como uma forma de se evitar o contágio por covid-19 e manter as atividades escolares, entretanto não é preciso muito esforço para notar que às diferenças de condições objetivas e subjetivas nas famílias tornam a modalidade EaD inviável para a imensa maioria dos estudantes.
Temos que lembrar a enquete não foi uma pesquisa com caráter científico, não se propondo a isso em nenhum momento, mas serviu para ilustrar que a EaD claramente não é uma opção para os estudantes. Não oferecendo aos discentes nenhum benefício real em relação à modalidade presencial.
A modalidade EaD tem uma história que tem evoluído com os meios de comunicações, tendo no início como principal motivação a acessibilidade ao ensino. Hoje o ponto mais marcante da modalidade EaD, que a faz ser idolatrada pelos capitalistas do ensino é a absurda redução nos custos operacionais em relação à modalidade presencial, não trazendo a modalidade a distância benefícios alguns aos alunos.
A juventude tem que ter clara que o ensino a distância não atende suas necessidades, aumentando ainda mais o abismo existente os estudantes, sendo sua imposição aos estudantes uma ação altamente antidemocrática dos governos. A juventude tem que reivindicar o cancelamento do calendário escolar atual e retorno apenas após término da pandemia.