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Bateu, levou

Diante do assédio é preciso enfrentar os canalhas

A esquerda precisa fazer a direita deixar de ser sentir tão a vontade para atacar as mulheres

Na sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) da última quinta-feira (19/22), a deputada do PSOL Isa Penna, enquanto conversava com o presidente da Alesp, foi apalpada nos seus e na cintura pelo deputado do partido Cidadania Fernando Cury.

As imagens foram registradas por câmeras da Assembléia e mostram como o deputado do Cidadania deixa o grupo de outros parlamentares e segue bem à vontade em direção a Isa Penna. Que mesmo diante a mesa do Presidente da ALESP e de câmeras não deixa de ser vítima de assédio.  Por isso é importante destacar que todos os representantes da esquerda que presenciaram a cena deveriam ter respondido energicamente contra os direitistas. É inadmissível que qualquer mulher seja vítima de assédio publicamente e ninguém que se diz de esquerda, defensor das mulheres não tome uma atitude em defesa da mulher. ?

Claro que como era de se esperar, o PSOL recorrerá para os meios institucionais, entrarão com processos, pedidos de expulsão e cassação contra o deputado, mas nada disso impedirá os representantes da direita de continuarem atacando, assediando as mulheres da esquerda. Eles agem dessa maneira justamente, pois estão seguros de que as instituições são dominados pela burguesia que não tem nenhum interesse de fato em defender as mulheres. E estão certos de que a esquerda não age pelos seus próprios meios contra os abusadores. A total confiança do deputado diante das câmeras e do presidente do PSDB prova isso.

Como também não lembrar da vez que o atual presidente golpista Jair Bolsonaro agrediu verbalmente apontando o dedo para o rosto de Maria do Rosário com a frase “Jamais iria estuprar você porque você não merece” e anos mais tarde novamente durante comissão geral, no plenário da Câmara dos Deputados, que discutia a violência contra mulheres e meninas Bolsonaro novamente voltou apontar o dedo e praticamente agredir Maria do Rosário confiante que ninguém defenderia energeticamente a deputado do PT, assim como não fizeram na primeira vez.

Repressão contra caso de assédio x autodefesa da mulher

Sempre que algum caso como este vem à tona, a própria esquerda apresenta uma solução direitista para o problema das mulheres, como o aumento da pena para o casos de assédios, que no Código Penal recebe o nome de importunação sexual “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”, e no artigo 215-A prevê uma pena de reclusão de 1 a 5 anos, em caso de condenação. Mas mesmo assim as mulheres continuam sendo assediadas, pois não é discutido uma ação prática para a defesa das mulheres, como por exemplo a formação de autodefesa e armamento das mulheres.

É fato que a maioria das mulheres são menores e mais fracas que a maior parte dos homens, neste sentido, biologicamente as mulheres já estão em desvantagem para responder ataques violentos, por isso a questão do armamento é de fundamental importância para a defesa feminina. Pois é o armamento que pode compensar a falta de força e salvá-la em uma situação de vida ou morte diante um ataque.

A esquerda alega que o armamento civil faria mais vítimas de namorados malucos, mas ignora completamente que a mulheres poderiam justamente se defender desses tipos de ataques, pois muitas mulheres morrem mesmo sob medida protetivas da Justiça, pois todos sabem que essa medidas são uma fraude e na realidade não são capazes de evitar nenhum ataque contra a mulheres.

Mulher na política

Após o assédio, a deputada Isa Penna tem denunciado que é vítima de assédio de todos os tipos durante as suas atividades parlamentares, desde tirarem foto do seu corpo e fazerem piadas até de ataques como o do  vereador Camilo Cristófaro que já a xingou “vagabunda, terrorista”.

É importante destacar que para termos mais mulheres na política não é preciso ter cotas ou fazer demagogia com a presença feminina, é preciso que os partidos de esquerda garantam um ambiente seguro para as mulheres, é preciso que os partidos  assegurem para as suas militantes que qualquer ataque contra elas vindo de qualquer canalha será drasticamente respondido.

Para concluir, a falta de reação da esquerda permite que os direitistas continuem atacando as mulheres. O judiciário golpista não tomará nenhuma medida que de fato impeça que a direita continue atacando as mulheres, seja as parlamentares, e principalmente as mulheres trabalhadoras. 

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