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Favelas de SP

Diante da crise, população nas periferias se organizam

Com a inércia dos governos, em todos os níveis da administração pública, os moradores das favelas estão se organizando para prestar atendimento à população.

Diante da total inércia dos governos, em todos os níveis da administração pública, os moradores das favelas de São Paulo estão se mobilizando para organizar a assistência social e garantir sua sobrevivência.

Na favela de São Remo, localizada próximo à Cidade Universitária da USP, onde vivem cerca de 9 mil pessoas, a Associação de Moradores se organizou com os profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) para estabelecer uma rede de recebimento de doações de alimentos e entregas para os moradores em suas casas. A atividade é feita por voluntários.

Já a Associação de Moradores da favela de Paraisópolis, localizada no bairro do Morumbi, vai alugar quatro mansões no Morumbi para acolher idosos e moradores de rua que, mesmo com indicação de isolamento, não têm como ficar em suas casas. O Comitê dos Bairros elaborou um plano de ação contra o coronavírus, que inclui a locação de duas vans para transporte de mantimentos e a compra de uma ambulância.

A atividade é feita com o grupo G10 Favelas grupo integrado por representantes das principais favelas brasileiras.
O líder do Comitê dos Bairros, Gilson Rodrigues,  afirma que “estamos nos organizando para nos salvar, já que até agora o governo não falou a palavra favela em seus discursos.”

As iniciativas de organização  nas favelas são expressão de uma tendência geral à mobilização popular. À medida que a crise econômica se aprofunda e os governos burgueses, em todos os níveis, demonstram sua total incapacidade – e até mesmo vontade política – de atender a população, surge um processo de auto-organização.

O que se visualiza é que a política do isolamento social é possível para a a burguesia e setores da classe média, uma vez que é preciso condições econômicas. As massas populares, atingidas pela pobreza e pelo desamparo, atacadas em suas condições de vida, não têm condição de permanecer em casa. Muitos sequer possuem casa.

Nas favelas, a situação é de catástrofe social. A fome é uma ameaça constante. Com o fechamento das escolas, milhares de crianças ficaram sem a merenda escolar, o que representa a principal refeição do dia. Verifica-se a falta de produtos de higiene pessoal e de equipamentos de proteção, como luvas, máscaras e álcool gel. A superlotação das casas, que são pequenas, faz com que torne-se virtualmente impossível uma verdadeira quarentena.

O isolamento significa o desemprego para os trabalhadores informais. A situação social dos moradores das favelas, que sempre foi ruim, experimenta uma deterioração acelerada com a pandemia e seus impactos econômicos.

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