Os atos do dia 30 de maio devem contar com todo apoio das esquerdas, de todos os movimentos sociais, das centrais sindicais, de toda a militância. É continuação dos atos do dia 15 de maio, que ocorreram em cerca de 250 cidades no país e mostraram a força e a importância da mobilização popular.
A União Nacional dos Estudantes (UNE), de forma correta, não só fez a convocação para o dia 15 de maio, mas, em sintonia com o momento, convocou imediatamente atos para o dia 30 para manter a mobilização contra o governo Bolsonaro.
A crise política pela qual passa o governo já preocupa a direita, e a burguesia em geral, que também já se movimenta para uma possível derrubada do presidente ilegítimo.
É por esse motivo que os trabalhadores precisam se mobilizar e participar do ato convocado pela UNE. Garantir que os atos continuem a ter força e assim dar corpo à mobilização mesma dos próprios trabalhadores contra o governo golpista e fraudulento, em preparação à Greve Geral.
Assim como Bolsonaro, e os apoiadores que ainda resistem a seu lado, está apostando no tudo ou nada, ameaçando o Congresso Nacional e o Judiciário, e investindo pesadamente na convocação para uma espécie de desagravo em favor do Capitão, nós também temos a obrigação de fazer o melhor possível para garantir sucesso nos atos do dia 30 de maio.
Para isso, a convocação é fundamental, assim como participar dos atos e orientar o movimento no sentido de que o momento é mais que propício para a derrubada do governo ilegítimo. É hora de chamar Novas Eleições.
Não devemos nos deixar enganar pelo discurso que prevaleceu em 2018 – e que convenceu parte da militância – da impossibilidade de Lula participar das eleições. Temos que exigir novas eleições com a participação de Lula.
Repita-se: essa chamada visa a fortalecer a Greve Geral do dia 14 de junho.
É uma construção necessária. Temos que aproveitar as condições favoráveis e não desmobilizar. O Fora Bolsonaro já mostrou ser uma palavra de ordem que unifica e nela vamos investir e assim consolidar a mobilização nas ruas, para transformar o dia 14 de junho num marco da luta contra o golpe.
Não se trata, portanto, de apoiar impeachment de Bolsonaro, nem tampouco de criticar algumas políticas setoriais do governo. A luta é contra o governo de extrema-direita, contra seu projeto de destruição das esquerdas, dos movimentos sociais, de levar o país à miséria, de entregar as riquezas do país para o império, de destruir todas as proteções existentes com que contam as minorias.
O General Mourão igualmente não representa nada diferente disso e é também objeto de nossa mobilização, pois faz parte do projeto de destruição do país que esse governo executa nesse momento e continuará executando se não for parado agora.
Esse governo, sabemos, foi uma saída improvisada. Bolsonaro nunca foi a primeira opção da direita, do imperialismo, ou da burguesia nacional, por isso, descarta-lo não é um problema. Foi um ato arriscado colocar nas mãos de um político de tão baixa qualidade e preparo o comando do país. A estabilidade não estava exatamente no horizonte dos golpistas.
Era previsível que chegaríamos nesse ponto de total instabilidade, mas não se esperava fosse tão cedo. Pelo menos a burguesia não esperava.
De toda forma, não podemos deixar nas mãos dela, da burguesia, da direita, que tem hoje controle das instituições, uma saída para a crise. Podem até dispensar Bolsonaro, mas manterão uma igual política de ataque aos direitos da população e de entrega da economia ao imperialismo.
Ou nós assumimos as ruas, as mobilizações, ou a direita vai trocar Bolsonaro por outro que promoverá um governo tão ou mais repressivo e destruidor que o dele.
Apoio total aos atos do dia 30 de maio, momento fundamental de preparo para a Greve Geral. Todos pelo Fora Bolsonaro, todos por Eleições Gerais.