Quinta-feira, dia 30 de maio, a esquerda fará sua tréplica contra o governo Bolsonaro. Os atos do dia 15 foram os primeiros ataques de grande porte contra o presidente golpista. Sua resposta teve o apoio de um grupo de empresários desesperados com a ideia de que a reforma golpista não seja aprovada. Não conseguiu chegar a 1% do que a esquerda levou as ruas.
As manifestações prometem aglomerar mais gente do que no dia 15. Um segundo ato de grande envergadura pode fortalecer a greve geral que está por vir no dia 14 de junho. Se a esquerda partir de fato para a ofensiva e pedir por Fora Bolsonaro, Eleições Gerais e Liberdade Para Lula, as reformas e o Golpe dificilmente vão progredir. Será preciso uma maior coesão entre a burguesia e um plano de contingentemente de danos muito bem elaborado. Em suma a chave da situação está com a esquerda, a capacidade de virar o jogo vai depender de sua disposição à levar adiante as reivindicações populares ao invés de buscar conciliações com o centrão.
Pedir por eleições gerais, com a participação de Luiz Inácio Lula da Silva, significa levantar o lado oposto da gangorra política. O ex-presidente foi impedido de participar de eleições que provavelmente ganharia enquanto é mantido na prisão por um processo arbitrário e anticonstitucional. Os golpistas o mantiveram fora da corrida eleitoral por representar um programa altamente influenciado pela população. A base militante do Partido dos Trabalhadores representam o campo mais populoso dentre o polo esquerdo que se formou após o impeachment de Dilma, portanto a influencia que tem sobre o partido e, sobretudo sua ala esquerda da qual Lula e Gleisi fazem parte, é enorme. A crise dos capitalistas não os deixa em condições de dialogar com a população. Por isso pedir eleições gerais com Lula é imprescindível. Eleições sem a participação do ex-presidente seriam tão ilegítimas quanto a que elegeu Bolsonaro.