O 30º congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado nos dias 1 e 2 de agosto, em São Paulo, definiu, em seu calendário nacional, dentre outras datas de mobilizações em defesa do Banco do Brasil, da Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil) e Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do BB), o próximo dia 22 de agosto como o “Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi”.
Os atos que ocorrerão no país inteiro são uma resposta aos ataques do governo golpista de Bolsonaro e seus prepostos à frente do banco, que tentam, a todo custo, entregar para os banqueiros privados, um patrimônio construído pelos trabalhadores do BB desde a década de 1940.
Há, por parte da direita golpista, a tentativa de destruir o plano de saúde das empresas estatais, que, além de transferir os recursos desses planos para as mãos dos banqueiros nacionais e internacionais, que gerem os planos privados no Brasil, pavimentar o caminho para a privatização das estatais, através do “enxugamento” das despesas.
A direção golpista do banco conta, ainda, com a colaboração dos “dirigentes” da Cassi. Como aconteceu recentemente, quando o representante, eleito fraudulentamente, do Conselho Deliberativo da Cassi, Sérgio Faraco, aprovou, sem qualquer tipo de discussão com os verdadeiros donos do plano de saúde, os funcionários do BB, um novo aumento na coparticipação sobre exames e consultas proposta pela direção do banco.
E agora a Cassi soltou uma nota defendendo, mais uma vez, a posição do banco, quando afirma disponibilizar apenas 4,5% dos salários para custear outro plano de saúde, caso a Agência Nacional de Saúde (ANS) proponha o liquidação da Cassi. Tal afirmação é uma clara demonstração de quem manda no plano de saúde dos funcionários: a direção do BB, que quer liquidar a qualquer custo com a Cassi, no bojo da política neoliberal de privatizações.
A Cassi é um patrimônio construído pelos funcionários do Banco do Brasil e é a eles que cabe o seu gerenciamento e controle. Hoje os seus administradores são escolhidos através de seleção interna, coordenada pelo banco que detém a prerrogativa de nomear o presidente da entidade.
É necessário que o ato do próximo dia 22, em defesa da Cassi, seja uma grande mobilização para barrar os ataques do governo golpista contra os direitos e conquistas dos trabalhadores do BB e dar um vigoroso “não” à intervenção da ANS na Cassi. Somente a luta contra a direção do banco é que irá manter a Cassi. Foi a iniciativa e a luta dos trabalhadores do BB que conquistaram a Caixa de Assistência e todos os seus direitos e será com a mobilização que esses direitos serão garantidos.