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Junho Vermelho

Dia 19, encher as ruas do país de bandeiras vermelhas

A esquerda deve continuar levando os trabalhadores para enfrentar a direita nas ruas

 

Após os atos de rua gigantescos do povo contra a direita realizados no dia 29 de maio, vimos na ultima semana as tentativas da imprensa golpista para sequestrar e descaracterizar os atos para esconder sua natureza combativa e popular, e transformar a mobilização em algo superficial e ligado à iniciativas da burguesia como a CPI e o impeachment que não têm nada de popular e são penas manobras eleitorais da direita tradicional.

A descaracterização política dos atos por parte da burguesia também aparecem no sentido de impedir que as mobilizações avancem sendo nas ruas e com a cara do povo e da esquerda. A manobra passa por questionar e sugestionar que os atos próximos atos não sejam nas ruas por conta do avanço da pandemia e que aconteçam descaracterizados, sem o vermelho e junto com setores golpistas da direita que seriam “anti-bolsonaristas”, dando a falsa impressão de que estes setores da esquerda estariam do lado do povo, o que é uma mentira para confundir os movimentos, sobretudo os ligados aos setores da esquerda pequeno-burguesa que tende a se guiar por esta imprensa.

É preciso denunciar estas manobras da direita contra os atos do povo e dar continuidade às mobilizações nas ruas nas quais os trabalhadores deixaram claro o contrário do que diz a propaganda da imprensa burguesa: que povo não quer o impeachment da burguesia parlamentar que faz acordo com Bolsonaro; nem acredita na CPI da direita, mas sim que a luta popular é pelo verdadeiro “Fora Bolsonaro”, por Lula candidato e o combate da pandemia com vacinação de verdade para todos e auxílio emergencial e não o massacre que está acontecendo pelas mãos de toda a direita, e não só por Bolsonaro.

As mobilizações são resultado da ação da esquerda que criou e impulsionou os atos do dia 29. A esquerda deve continuar levando os trabalhadores para enfrentar a direita nas ruas e combater qualquer interferência da burguesia que ao se deparar com a força do povo na rua tenta sequestrar os atos de acordo com seus interesses como fez em 2013.

Em uma iniciativa acertada a esquerda já marcou os próximos atos para o dia 19 de junho, que devem ser ainda maiores e mais combativos, com a ação e a presença em peso das organizações mais populares como a CUt, o MSt, o Pt, e o próprio Lula; atos que devem estar ainda mais caracterizados pela esquerda, com o vermelho, as bandeirar dos movimentos populares, sem verde e amarelo ou preto e branco que só servem para confundir o povo. Os próximos atos devem servir, portanto para dar o recado claro de que o povo não vai caminhar com a direita e ceifar definitivamente as tentativas da burguesia de confundir as manifestações populares.

A presença de Lula nos atos é um elemento crucial para definir este cenário. A imprensa tenta também esconder que o povo foi às ruas também para exigir a candidatura do ex-presidente Lula, e este é um ponto fundamental da farsa da direita contra a mobilização. Desvincular as mobilizações da figura do Lula, principal representação da polarização contra a direita, deixa o caminho livre para as manipulações farsescas dos atos de acordo com os interesses da direita, o que deixa claro ainda que não há nenhuma base real a ideia de que a burguesia poderia apoiar Lula eleitoralmente.

Um ato de massas com Lula põe fim a estratégia da direita de retirar da mobilização seu carater popular e de esquerda que nada tem a ver com iniciativas direitistas e eleitorais da burguesia em relação ao governo Bolsonaro

Para delimitar a situação política e varrer qualquer confusão direitista, portanto, é preciso fortalecer a organização da esquerda na realização dos atos de rua; as organizações devem convocar e garantir a participação de toda a sua base e da sua militância; levar ônibus cheios com os trabalhadores metalúrgicos, bancários, petroleiros, químicos, os sem terra, sem teto, os moradores de ocupações urbanas e rurais, etc. 

O momento é crucial para definir as mobilizações e expulsar a direita das ruas e dos atos da esquerda e do povo, todos os esforços devem ser no sentido de deixar claro que o movimento popular é de esquerda e sua ação é contra a direita de conjunto. A esquerda não deve aceitar que a direita destrua as mobilizações de rua, deve impor o que o povo quer quando sai às ruas: a luta popular real dos trabalhadores contra a burguesia.

A direita tradicional não tem nada de “democrática” ou “anti-bolsonarista”- como vimos com a violenta repressão ao ato de 29 de maio em Recife- é preciso esclarecer para a população que está sendo atacada na pandemia que direita e extrema-direita não possuem divergências quando se trata de massacrar o povo, as divergencias são puramente eleitorais; os quase meio milhão de mortos na pandemia são resultado não só da política do Bolsonaro, mas burguesia de conjunto, que com ou sem pandemia, com ou sem Bolsonaro, sempre foi a maior inimiga do povo.

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