Desde junho o sítio The Intercept Brasil tem revelado uma série de conversas privadas entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sérgio Moro que reforçam intensamente as denúncias de que o ex-presidente Lula jamais teve um julgamento propriamente dito, mas foi perseguido no tribunal e condenado por motivos políticos. Graças a essa perseguição, Lula é um preso político há 515 dias, condenado sem provas por um ex-juiz que hoje é ministro da Justiça do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro. Diante de tudo que foi revelado, Lula deveria estar solto. No entanto, as instituições, dominadas pela direita golpista, estão organizadas para mantê-lo preso. O problema é justamente que essas instituições estão organizadas para isso. Para libertar Lula, é necessário mobilização.
Frente a essa questão crucial no atual momento político, é preciso organizar um grande ato nacional em defesa de Lula. Dia 14 será realizado um ato nacional em Curitiba, onde Lula esteve detido durante todo o período de sua prisão política. É uma oportunidade de realizar mais um grande ato contra o governo, que está sendo alvo de mobilizações no país inteiro. É preciso estimular e aprofundar essa tendência a mobilização, que é um dado favorável da situação política e coloca a perspectiva de lutar contra o governo.
Há duas palavras de ordem neste momento que apresentam uma saída política a esquerda para a crise do País e que confrontam o regime político que está surgindo depois do golpe de Estado de 2016. Uma é a palavra de ordem que tem sido levantada pela população em cada mobilização que acontece pelo Brasil: Fora Bolsonaro! A outra é a exigência de liberdade para o ex-presidente: Liberdade para Lula!
A questão central do problema democrático no Brasil é a questão do Lula. O regime político seria, supostamente, democrático e representativo, segundo a burguesia quer fazer crer. Essa representação se daria por meio do voto, durante as eleições. No entanto, o ex-presidente Lula foi tirado das eleições do ano passado por causa de uma perseguição política da direita golpista dentro do aparato judicial. Isso no momento em que liderava todas as pesquisas eleitorais. E assim, o candidato em que a maioria queria votar foi tirado das eleições. Isso suspende a democracia representativa. Para poder chamar o regime de democrático, é preciso que Lula participe das eleições, e que eleições de verdade sejam realizadas. As eleições que colocaram Bolsonaro na presidência foram uma fraude.
Por isso é preciso encher as ruas de Curitiba no dia 14. Convocar o maior número de pessoas possível, organizar-se para levar mais gente, chamar os trabalhadores para uma grande mobilização em defesa do ex-presidente. Todos a Curitiba dia 14! Liberdade para Lula!