Da redação – O Distrito Federal começou o ano letivo com quatro escolas administradas por militares.
A secretaria de Educação do DF anunciou que se o modelo der certo poderia ser estendido a todas escolas da rede.
Os militares intervieram em escolas na periferia, onde vivem os pobres e filhos da classe trabalhadora. Não foram em escolas nos bairros ricos. Isso evidencia que a política dos militares para as escolas é reprimir os filhos dos trabalhadores e o movimento estudantil.
São 20 militares por escolas, que já estão impondo uma rigorosa disciplina militar sobre os estudantes, obrigando-os a vestirem fardas, cortarem o cabelo ao estilo de soldados e fazerem posturas, posições e movimentos como se fossem uma tropa de milicos.
O governo do DF está investindo pesado nessas escolas, muito mais do que jamais investiu em escolas comuns, por isso podem fazer um propaganda manipulada sobre a suposta eficiência dessas escolas.
Em todo país, 120 escolas já estão sob a gestão de militares, 60 delas no estado de Goiás, governado por Ronald Caiado (DEM), um político da extrema-direita, representante da União “Democrática” Ruralista, organização de latifundiários que organizam milícias rurais para assassinar os sem terra.
O modelo é utilizado pelo governo golpista de Jair Bolsonaro e seus aliados regionais com uma forma de combater e manter sob controle o movimento estudantil e de professores, sob a desculpa da luta contra o “marxismo cultural” e a mentirosa “doutrinação de esquerda” nas escolas. Na verdade, sempre houve a imposição de uma política de direita nos ambientes de educação, e agora trata-se de impor uma política fascista com o modelo do Escolas com Fascismo.
A política de Bolsonaro para educação é essa: entregar o ensino para os militares e grandes capitalistas. Segundo a extrema-direita, isso seria a escola sem doutrinação. Ou seja, doutrinação, para eles, só existe quando é marxismo (que é uma minoria).
É necessário mobilizar estudantes e professores contra essa manobra fascista na educação pública. Devem se organizar em comitês nas escolas militares e ter o apoio de todos os professores e do movimento estudantil para barrar a implementação dessas escolas militares, expulsar os militares e a extrema-direita das escolas e fortalecer o movimento de luta contra o golpe e o fascismo.