A direita segue tentando se infiltrar cada vez mais em todos os âmbitos da sociedade, como é o caso da tentativa de fazer as escolas públicas aderirem de forma completamente arbitrária uma gestão compartilhada com a Polícia Militar.
No caso do Distrito Federal, nesse sábado (17) aconteceu uma votação em cinco escolas da região, onde três votaram por aderir a gestão compartilhada e duas votaram por não aderir a essa completa ditadura no ensino público. Contudo, o governador do DF, Ibanês Rocha (MDB), afirmou que mesmo as escolas que votaram contra a gestão compartilhada, serão obrigadas a aceitá-la, o que não faz o menor sentido, afinal, houve uma votação que foi completamente desconsiderada, passando por cima da vontade popular.
A fim de manipular as votações, os pais que tem mais de um filho matriculados na mesma escola só puderam votar uma vez pela escolha da militarização ou não das escolas, o que é completamente injusto. Esse foi o caso do Gisno, que somou 57,66% de votos negativos e 42,33% votos positivos, contudo, na segunda-feira (19), ainda haverá conferência de quórum, pois, para a votação ser aceita, seria necessário um mínimo de 10% de participantes no todo do colégio. Essa é uma clara manobra de anular as votações que decidiram ser contrárias a presença dos militares nas escolas e implantar essa ditadura na educação.
A diretora do Sinpro-DF, Elineide Rodrigues, afirmou que “Não houve debate com a comunidade. Temos feitos visitas às unidades onde a metodologia está funcionando e o que constatamos foram alunos acuados com a presença dos militares, além de experiências mal-sucedidas”. Ou seja, já ficou claro que esse modelo de gestão é completamente ineficaz do ponto de vista de uma educação livre, progressista e autêntica. Essa militarização das escolas só serve aos golpistas, que precisam vigiar a juventude para que esta não pense demais e não critique demais um regime que vem afundando cada vez mais o País.