Neste sábado, 1º de maio, Dia Internacional da Classe Trabalhadora, aconteceu um ato na Praça da Sé, que contou com cerca de 2 mil pessoas, e se iniciou a partir das 14h.
O Partido da Causa Operária (PCO) e os Comitês de Luta contra o Golpe convocaram a população, os sindicatos e a esquerda a comparecer presencialmente na Sé. A finalidade era denunciar o genocídio em marcha no País e levantar as principais reivindicações da classe trabalhadora neste momento da luta de classes. Neste mesmo dia, a extrema-direita, bolsonarista, fez um ato na Avenida Paulista em apoio a Jair Bolsonaro e ao golpe militar.
Diversas caravanas de todo o País reuniram-se em São Paulo, vindas da região Nordeste, do Centro-Oeste, Sul e Norte marcaram presença, unindo-se a a militantes oriundos do Rio de Janeiro, que somaram forças com companheiros do interior do estado de São Paulo, da região metropolitana e da capital paulista. Um ato verdadeiramente nacional para o Primeiro de Maio, contando com a presença de ativistas de todas as regiões do Brasil.
Diversas organizações responderam ao chamado. O ato se destacou pela energia e combatividade, com discursos e palavras de ordem que expressavam a consciência das vanguardas dos trabalhadores, operários e camponeses, sobre o que está acontecendo. Por volta das 17h, os manifestantes saíram em passeata até a Praça da República, onde encerraram o ato em frente ao Teatro Municipal.
Importante destacar que a manifestação contava com a adesão dos trabalhadores, juventude e moradores de rua, que se uniam à marcha por onde passava. As palavras de ordem mais comuns foram Fora Bolsonaro, Lula Presidente, Vacina Para Todos, Fim da Polícia Militar, Auxílio Emergencial de 1 Salário Mínimo.
Militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) compareceram, assim como militantes da Frente Nacional de Lutas (FNL), do Partido Operário Revolucionário (POR), coletivos anarquistas e organizações de defesa dos direitos da população negra e das mulheres. Os seguintes sindicatos estavam representados: Sindicato dos Bancários, Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Petroleiros, Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Simpeem), Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM), Central dos Movimentos Populares (CMP).
A presença dos partidos de esquerda e organizações populares e sindicais no ato presencial da Praça da Sé é um passo importante no sentido de romper a paralisia imposta pelas direções políticas e sindicais pequeno-burguesas, adeptas da política do “Fica em Casa” e das lives nas redes sociais.
Os sindicatos são organizações da classe trabalhadora construídas historicamente para a defesa dos seus interesses econômicos e políticos diante dos capitalistas. A presença deles é fundamental para se avançar na luta contra a extrema-direita bolsonarista, o fascismo e o perigo de golpe militar. Conforme destacou o revolucionário russo Leon Trótski, os sindicatos hoje são mais importantes do que nunca.
Os movimentos sociais que compareceram possuem destacada atuação na luta por moradia, reforma agrária e urbana, defesa das mulheres e dos negros. Setores mais combativos do movimento operário demonstraram, na prática, o entendimento de que é necessário tomar as ruas.
A paralisia das lutas populares só serve para fortalecer o regime político golpista e sustentar o governo Jair Bolsonaro, promotor da maior catástrofe da história do País. Passou da hora dos trabalhadores tomarem as ruas, organizarem greves e mobilizações em defesa dos seus direitos democráticos.