A propaganda imperialista procura capitalizar as tragédias dos seus oponentes e vassalos. Por isso retratam o desastre radioativo de 1986, em Chernobyl, como uma amostra dos “horrores” produzidos pela União Soviética e pelo comunismo.
Pura demagogia! É o governo americano que ostenta no currículo o maior crime de guerra da história da humanidade: o lançamento de duas bombas atômicas contra o povo japonês, depois de declarado o fim da guerra, aniquilando centenas de milhares de pessoas em questão de segundos, e condenando os sobreviventes e herdeiros daquela região à contaminação nuclear.
Como se não bastasse essa loucura, desde então, as Forças Armadas dos EUA já detonaram, oficialmente, 1054 bombas atômicas em diversas partes do mundo, a título de teste. Trata-se de um verdadeiro desastre ecológico e humano.
Sessenta e sete dessas bombas atômicas foram detonadas nas Ilhas Marshall, um arquipélago no meio do Oceano Pacífico, no período entre 1946 e 1958. Isso significa uma explosão atômica a cada 2 ou 3 meses, ao longo de mais de uma década. O local foi ocupado pelo exército americano logo após a II Guerra Mundial e hoje é uma espécie de protetorado norte-americano, apesar de ser formalmente um país soberano.
Mais de seis décadas se passaram dos teste nucleares e as ilhas apresentam níveis radioativos altíssimos, superiores aos de Chernobyl ou Fukushima (que são muito mais recentes). Devido à quantidade de ilhas vulcânicas, atóis e corais, trata-se de um santuário de vida marinha inestimável, e ambiente de vida dos polinésios há milhares de anos.
Além de expulsar os nativos na época dos testes, o imperialismo condenou milhares de pessoas que residem ou visitam estes locais turísticos aos riscos de contaminação nuclear. Por exemplo, a alimentação pescada nas proximidades do atol de Bikini, um dos mais famosos do Pacífico, é reconhecidamente contaminada.
É uma parte do planeta destruída e que permanecerá contaminada durante séculos, para atender os caprichos genocidas de um país imperialista.