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Postergar o abate?

Devemos defender o reagendamento do Enem?

Qual é a política a ser tomada pela juventude sobre o exame antidemocrático que arriscou a vida de estudantes no pico da pandemia?

A Associação Nacional dos Estudantes de Educação à Distância entrou na justiça para o reagendamento do Enem para aqueles (51%) que não fizeram a prova. Em nota, o órgão afirma que o pedido é uma forma de não colocar os candidatos em risco, já que os responsáveis pela seleção, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e a Fundação Cesgranrio, “não respeitaram o percentual de ocupação das salas que tinham se comprometido anteriormente no processo”.

Para o órgão tanto o Inep quanto a Fundação Cesgranrio agiram de má-fé, “já que mentiram para a Justiça Federal em São Paulo” no andamento do primeiro pedido, protocolado em 12 de janeiro. Na época, o Inep afirmou à justiça que os protocolos seriam obedecidos e o distanciamento entre candidatos cumprido. Por esse motivo, a DPU solicita a condenação das entidades.

É preciso esclarecer que seja pela superlotação ou pelas simples ausências, os dados comprovam a política de genocídio da burguesia, que arriscou milhões de vidas porque os capitalistas pressionaram pela realização do exame, atrelando-o a reabertura das escolas. Chegar agora, depois de todos os problemas que aconteceram e falar que não se sabia que seria assim, chega a ser cômico para a entidade que diz defender os estudantes, mas o colunista aqui precisa pegar um pouco mais leve, já que se trata de uma associação de estudantes de educação a distância.

Retomando, porém, não faz sentido defender o reagendamento do Enem para uma data qualquer, primeiro porque na verdade não sabemos quando a situação irá melhorar, ninguém sabe, não é porque uma campanha marqueteira em torno da vacinação que está sendo feita ocorre que o vírus vai sumir, seria muita ingenuidade acreditar nisso, não é uma boa ideia postergar o ”abate”, por assim dizer.

E segundo porque, já está mais do que tá na hora de falar sobre o caráter totalmente antidemocrático de exames como o vestibular e o Enem, que são um verdadeiro muro entre os alunos mais pobres e o instituto superior, então é preciso aproveitar a oportunidade do grande fiasco do ENEM para denunciar a farsa dessas provas, ainda mais criminosas diante de uma pandemia, o genocídio do coronavírus que já matou mais de 200 mil pessoas.

Com a abstenção gigantesca e recorde, expressando a descrença e insatisfação da juventude, e colocando luz no fracasso da prova que é um verdadeiro funil para os filhos da classe trabalhadora terem o direito a fazer uma faculdade. É preciso que essa crise se transforme em uma revolta organizada, pelo fim do Enem, do vestibular, para acabar com esse filtro vergonhoso, ainda mais no ano em que os alunos da escola pública não tiveram nem ano letivo, expondo uma disputa totalmente desigual, Davi contra Golias: os que passaram pelo inferno do colégio e os que fizeram cursinhos privados.

Os alunos que boicotaram o exame não são como a esquerda-pequeno burguesa e a direita que podem achar que os jovens são ”alienados”, ”apolíticos” e não estão por dentro do que está acontecendo no país, muito pelo contrário, são o setor mais avançado politicamente e a verdadeira vanguarda da revolução socialista.

Finalmente, toda a direita concordou com a realização do Enem, todos os governos que se dizem diferentes de Bolsonaro, verdadeiros genocidas que posam ”científicos”, mas fizeram propaganda da realização desse massacre que serviu para aumentar ainda mais as desigualdades e a propagação do vírus, enquanto a esquerda de conjunto sequer denunciou o problema, capitulando vergonhosamente ao genocídio estudantil.

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