A festa já está preparada; falta apenas a consolidação do filisteu neoliberal Jair Bolsonaro (PSL) na cadeira da presidência. O Banco alemão Deutsche Bank já publicara que o candidato do PSL é “o favorito do mercado” causando indignação em internautas. De acordo com a Instituição: trata-se apenas de uma avaliação econômica e não declara não apoiar partidos nem políticos.
No dia 5 de outubro, em sua conta no Twitter, a instituição alemã Deutsche Bank se referiu a Jair Bolsonaro (PSL) como “o candidato favorito do mercado”, despertando grande indignação e duras críticas por parte dos internautas alemães nas redes sociais. A clara mensagem de solicitude foi a seguinte:
“As eleições presidenciais começam no domingo com o primeiro turno – o neoliberal Bolsonaro é o candidato favorito dos mercados”, dizia o Twitter.
O posicionamento dos Internautas alemães diante da descarada ambição do Banco Alemão foi incisivo, acusando o Deutsche Bank de minimizar as posições controversas de Bolsonaro.
“Vocês desejam um fascista”, escreveu um deles. “Eis porque já há muito tempo não tenho mais uma conta com vocês”, escreveu outra pessoa. Ademais, outras pessoas abordaram o comportamento da instituição, aproveitando para criticar a “falta de moral e bom senso do mercado em detrimento da sociedade” e chegaram a citar termos como: “formação de cartel”, “manipulação de juros”, “especulação” e até mesmo “doações a partidos”.
Após os “pulinhos de alegria” não resguardados a instituição foi obrigada a embuçar seu proselitismo e sua latente sede por lucro – representada na figura de Bolsonaro como o maquinista do trem que lotará extensos vagões de capital para além-mar. Não obstante, a consideração acerca da postagem feita pouco antes das eleições (5/10) foi feita apenas nesta semana. Com a agudização das críticas o Deutsche Bank foi obrigado a embuçar sua animosidade, reagindo na segunda-feira (15/10) com o seguinte Twitter em sua conta oficial:
“Não apoiamos partidos nem políticos”, escreveu o banco. “A declaração de 5 de outubro trata de uma avaliação de uma análise de mercado retratada em nosso boletim diário Perspectivas da Manhã”, disse o banco.
Através de um boletim diário, o Deutsche Bank escreveu o seguinte: “Embora quase um terço dos eleitores ainda esteja indeciso, o candidato esquerdista apoiado por Lula, Fernando Haddad, e o conservador de direita Jair Bolsonaro são os favoritos. O mercado parece já ter encontrado seu candidato favorito: em caso de vitória, o neoliberal Bolsonaro prometeu vender empresas estatais para sanar o orçamento público”.
De acordo com o especialista em câmbio do banco alemão Commerzbank, Thu Lan Nguen, Bolsonaro é “o candidato favorito do mercado”. Afirmação essa corroborada por E Martin Güth, analista do Landesbank Baden-Württemberg. Além disso, o especialista em câmbio disse à agência de notícias Reuters: “Os mercados financeiros favorecem Bolsonaro, que quer fazer do banqueiro de investimentos Paulo Guedes o superministro da Economia e das Finanças”.
Lembremos que através de uma espúria agiotagem encabeçada pela Alemanha, a Troika impôs à população grega – condições deploráveis de sobrevivência, levando a Grécia a uma convulsão social sem precedentes. Nesse contexto, podemos afirmar que com a consolidação do ultra-direitista Jair Bolsonaro na presidência, o modelo neoliberal arquitetado pela direita golpista encontrará apoio e força para demolir qualquer barreira que se apresente como resistência ao mercado financeiro; desmantelando assim, todas os direitos da classe trabalhadora à favor da ditadura do capital internacional – que se encontra a galope nos países menos desenvolvidos, como é o caso de toda a América Latina.