A destruição dos estoques reguladores, fazem os preços do arroz explodirem no primeiro desequilíbrio no mercado. Desde o golpe de 2016 os estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foram reduzidos a quase zero, permitindo essa alta absurda nos preços do arroz.
Os estoques reguladores da Conab tratam-se de uma prática econômica saudável que beneficia os consumidores. Os estoques reguladores servem para impedir que aconteçam altas especulativas e de desequilíbrios de ofertas, mantendo o equilíbrio entre oferta e demanda e a normalidade dos preços.
Mas desde o ano de 2016 com o golpe de estado e a ascensão dos golpistas Michel Temer e Henrique Meirelles, essa prática foi descontinuada. Essa política contra os estoques reguladores foi mantida e aprofundada pelos golpistas Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, fazendo assim prevalecer os interesses dos produtores em detrimentos dos consumidores.
Ao analisarmos o histórico dos estoques reguladores de arroz da Conab da última década, ficar claro o quanto a Conab foi desmontada para atende os interesses do mercado. Em 2013 a média dos estoques foi de 1.040,8 toneladas, em 2014 essa média foi de 540,3 toneladas, em 2015 foram 126,3 toneladas. Mas em 2016 ano do golpe de estado houve uma queda gigantesca indo para 87,1 toneladas antes do golpe e 29,4 toneladas pós golpe.
Com a consolidação do golpe no governo Temer os estoque foram reduzidos para 22,3 toneladas 2017 e 29,6 toneladas em 2018. Essa política foi aprofunda com o governo Bolsonaro chegando chegando a 21,5 toneladas nos anos de 2018 e 2019, no Estado do Rio Grande do Sul.
Os números demonstram, sem resta dúvidas, que as altas dos preços são frutos diretos da política do governo Bolsonaro. A alta que vemos no arroz não decorre de uma variação climática, variações de safra ou desequilíbrio do mercado, ela decorre diretamente de uma política econômica dos governos golpistas, que tomou proporções ainda piores com o governo Bolsonaro.
Essa política antipopular é acobertada pela golpista mídias capitalistas, não se vê na venal mídias capitalistas uma única linha sobre o desmonte da Conab e o quanto essa política do governo oneraria a população. Mas em 2015 havia uma verdadeira campanha contra o governo Dilma pela alta do tomate, mesmo esse não tendo estoques reguladores e havendo assim pouco espaço para o governo intervir.
Temos que ter claro que para a classe trabalhadora só existe uma saída e essa saída é a mobilização massiva contra o governo Bolsonaro. Apenas a mobilização massiva dos trabalhadores como classe pode interromper o golpe de estado e restituir as condições de vida retiradas dos trabalhadores.