Dados oficiais apontam que que governo federal realizou o corte de 158.452 bolsas. Deste total, 96.861 foram correspondente a famílias moradoras da região Nordeste – a que mais tem beneficiários inclusos no programa e também mais pessoas na fila 
de espera.
Tais cortes significam um agravamento da situação ,já profundamente deteriorada na região que nos últimos meses teve apenas 3% de pessoas incluídas entre o reduzido número de novos beneficiários, em uma clara política de perseguição ao povo nordestino e de benefício das bases eleitorais da direita fascista. O Estado de Santa Catarina, por exemplo, embora menos populoso e com renda per capita maior do que a dos Estados do Nordeste, teve mais inclusões do que os nove Estados da região.
Cinicamente, o Ministério da Cidadania, quando questionado pela situação, “informou” que a ação foi tomada mediante a entrada de outros beneficiários no programa. Se fosse verdade, dignificaria que o “um milhão de novos beneficiários”, anunciados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente ilegítimo, Jair Bolsonaro, seriam alcançados por meio do corte de um milhão, ou mais, beneficiários atuais.
De acordo com dados do governo, o valor médio do Bolsa Família subiu de R$ 190,75 para R$ 191,86 em março. Um valor miserável que, nem de longe, consegue suprir as necessidades básicas, com alimentação de uma família, em qualquer região do País.
Tais dados são mais uma evidência, dentre muitas, de que não há da parte do governo golpista qualquer iniciativa para prover as mais elementares condições para a população pobre, submetida a condições degradantes e que são “presas fáceis” diante do avanço da pandemia que ameaça todo o povo brasileiro, ainda mais profundamente aqueles que não têm sequer condições de se alimentar diariamente. Um contingente que tende a crescer, e muito, diante da política dos patrões e do governo, de descarregar todo o ônus da crise nas costas da população trabalhadora.
Fica claro também que, sem luta, sem mobilização popular, das organizações de defesa dos trabalhadores, dos sem terra, dos sem terra etc. as consequências da crise serão ainda mais graves para o povo pobre, um verdadeiro genocídio.
As dezenas de milhões de beneficiários do Bolsa Família e dos que precisariam receber o benefício, estão enter aqueles que não podem ficar em casa, de “quarentena”, esperando “o pior passar”, aguardando as soluções – que não virão – do governo Bolsonaro e demais direitistas, como Dória, Witzel, Zema, Ratinho Jr. etc. Estão entre aqueles que para defenderem suas vidas e de seus filhos precisam da mobilização e da luta que precisa ser organizada, pelas entidades de luta dos explorados, em defesa de suas reivindicações e pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas.
