De acordo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) o desmatamento em terras indígenas no Brasil diminuiu de 2008 a 2015. E desde então aumentou. Chegando a atingir um aumento de 65% entre 1º de agosto de 2018 e 31 de junho de 2019. Sendo maior cifra da última década.
As terras indígenas mais afetadas são Ituna/Itatá com 650% de perda de floresta (de 15,89 para 119,92 km2), Apyterewa, com 334% de aumento (de 19,61 para 85,25 km²), e Cachoeira Seca, com 12% de aumento (de 54,2 para 61,2 km²).
A área indígena Ituna/Itatá está a menos de 70 km do principal canteiro de obras da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte. A obra fez o mercado imobiliário rural da região lucrar muito e desde então a destruição das florestas só aumenta gradativamente. Uma das condições para a construção da hidrelétrica era a realização de uma base de proteção da Fundação Nacional do Índio (Funai) no território indígena, entretanto essa base nunca foi implementada.
Juntamente com o aumento do desmatamento para favorecer empreendimentos imobiliários tem aumentado o número de homicídios, torturas e ameaças contra os índios.
No início de novembro, por exemplo, o líder indígena Paulo Paulino Guajajara foi assassinado a tiros em uma armadilha realizada por madeireiros na Terra Indígena Araribóia, no Maranhão.
Com os dados fica óbvio que a retirada do PT da presidência da república através do golpe de estado iniciou os ataques contra os territórios dos nativos em troca de lucro capitalista. E a chegada de Bolsonaro à presidência intensificou exponencialmente essa perseguição aos indígenas e o desmatamento desenfreado para favorecer negócios inclusive estrangeiros, como foi o caso do hotel de luxo português (Vila Galé) na Bahia.
A única maneira de defender esses territórios dos barões e assassinos do agronegócio e das empresas imperialistas é a formação de grupos de autodefesa dos pelos indígenas. E a derruba do governo Bolsonaro e todos golpistas!