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Crise sanitária e econômica

Desemprego na Suécia, fracasso do “capitalismo com rosto humano”

Neste dia 23 de julho, o Instituto Nacional de Estatística da Suécia publicou um estudo sobre a força de trabalho e desemprego

Nesta última quinta-feira dia 23 de julho, o Instituto Nacional de Estatística da Suécia (em sueco Statistiska centralbyrån ou SCB) publicou um estudo sobre a força de trabalho e desemprego. O estudo aponta que em junho de 2020 houve a perda de 148 mil postos de trabalho, com o número de desempregados chegando a 557 mil, 150 mil a mais que o ano anterior, o setor mais atingido foi as mulheres jovens entre 15 e 24 anos.

Segundo o estudo do SCB o desemprego no trimestre analisado aumentou de 2,6 pontos percentuais, passando de 7,2% para 9,8%. Entre os jovens esse aumento foi de 8,7 pontos percentuais, passando de 23,6% para 32,3%. Dos postos de trabalhos perdidos no último exercício, 84 mil foram de jovens entre os 15 e 24 anos, destes jovens 64% ou 54 mil eram mulheres.

O números são preocupantes e se aproximam do recorde absoluto de desemprego na Suécia, registrado em 1997 onde 11,7% da população foi destituída de seus empregos em razão de uma forte crise econômica na década de 90. Nos trabalhos sazonais os resultados foram piores, nesse nicho específico o governo culpa a pandemia de covid-19 por essa queda. No geral, segundo especialista do SCB Daniel Samuelsson: “a alta generalizada do desemprego se deve principalmente às pessoas cujos contratos temporários não foram prolongados.” 

A situação no países escandinavos vizinhos também é preocupante, com crescimento do desemprego em todos. A exemplo na Dinamarca houve as piores números desde 2012, com índice de desemprego passando de 3,7% para 5,6%, na Noruega os números foram um pouco melhores de 3,8% para 4,9. Temos ainda que considera que na Suécia está previsto uma queda de 6% do Produto Interno Bruto (PIB), assim na Noruega de 3,5% do PIB e na Dinamarca 4,1% do PIB.

Muito da amplitude do impacto da pandemia de covi-19 na Suécia deve-se a política inicial do governo sueco de utilizar a estratégia de “imunização de rebanho” para combater a pandemia. Essa estratégia consiste em deixar que o vírus se transmita livremente até que uma parcela expressiva da população esteja imunizada e assim tire o vírus naturalmente de circulação. Essa política foi abandonada quando a Suécia se tornou o segundo país com maior número de casos por mil habitante da Europa.

Esse registro de desemprego, o maior das últimas duas décadas na Suécia, país que sempre teve estabelecido um estado de bem estar social, demonstra um fenômeno. Após a crise capitalista da década de 70, todos os países começaram a adotar o neoliberalismo, sendo a Suécia uma adepta desta política um pouco mais tardia.

No decadente sistema capitalista de hoje, não há espaço para qualquer preocupação social, muito menos para um estado de bem estar social.

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