Os mais oprimidos é quem pagam

Desemprego entre as mulheres atinge nível recorde

A corda arrebenta sempre no ponto mais vulnerável, na sociedade capitalista os trabalhadores, principalmente as mulheres

A taxa de desemprego entre as mulheres no primeiro trimestre de 2021 bateu recorde, e ficou 21,8% acima da média nacional.

Enquanto que o desemprego médio no país obteve a taxa, também recorde, de 14,7%, o das mulheres ficou em 17,9%, sendo este o pior resultado na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O desemprego entre os homens teve o resultado de 12,2%, 17% abaixo da média nacional, e entre os jovens com idade entre 18 e 24 anos teve o resultado de 31%, acima da média nacional.

Entre as mulheres, no 1º trimestre de 2020 a taxa foi de 14,5% e aumentou para 16,4% no 3º trimestre do mesmo ano.

A analista da pesquisa, Adriana Beringuy diz que embora com maior escolaridade a mulher tem maior rotatividade no mercado de trabalho, por ter que cuidar dos filhos e da casa.

A pesquisa apontou que entre os brancos o desemprego ficou 19,04% abaixo da média geral. Entre os pretos 26,53% acima da média e entre os pardos 14,96% também acima da média nacional.

Por escolaridade, os com ensino médio incompleto a taxa foi mais alta, 24,4%. Com nível superior incompleto foi 17,5%,  e superior completo 8,3%.

Tamanho desemprego, com a devastação da economia no país e no exterior é consequência direta da política neoliberal. No país, a partir do golpe de estado que ceifou a candidatura da presidenta Dilma Rousseff, tinha como objetivo promover esse caos para os trabalhadores, pois enquanto que estes perdem o emprego e a renda, a burguesia aumenta seus ganhos, conforme as pesquisas do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Organização das Nações Unidas (ONU). Os 10% mais ricos aumentaram sua riqueza, mesmo com crise na economia e agravada pela pandemia.

Essa é a origem da guerra de classes, com interesses contraditórios entre si, e levam a perdas pela maioria da população ao mesmo tempo que eleva os ganhos da minoria, dona do poder do estado capitalista.

Os setores mais oprimidos são os que sempre pagam a conta pelos desastres provocados pelo pior sistema produtivo já criado pela humanidade, o capitalismo. Nesse caso os trabalhadores e principalmente as mulheres e negros estão nas piores condições de vida. Arcam com a maior parte das desgraças provocadas pelo sistema.

A desigualdade aumenta a olhos vistos, e com a abundância de uns poucos em meio à escassez de recursos da grande maioria, a revolta é a consequência natural. O povo vai às ruas em protestos gigantescos contra a fome, miséria, falta de controle da pandemia, falta de emprego. Enfrenta a repressão por parte do braço armado do capital, as forças policiais, que não exita em promover todo tipo de crueldade contra o povo que luta pela sobrevivência.

Os sinais são da completa exaustão do capitalismo que agoniza buscando manter os últimos suspiros. Mas o destino é fatal, chegou a hora dos trabalhadores ocuparem seu lugar na história e enterrar de vez o moribundo e sair da pré-história da humanidade, inaugurando o início da verdadeira história que a humanidade é capaz de fazer, uma terra sem amos, a internacional socialista.

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