A ascendente taxa de desemprego registrada em todas as regiões do país revela números verdadeiramente assustadores. O governo golpista agudizou e elevou a patamares ainda mais estratosféricos uma tendência que já vinha em franco crescimento. De acordo com o IBGE, através da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua (Pnadc), o estado da Bahia foi o que registrou a maior alta, indo dos 16,4% do último trimestre para o patamar de 18,7%. Em sete outros estados o índice ficou acima dos 15% (Fonte Portal IG, 15/05).
Em números gerais, a taxa de desemprego atingiu 12,2%. No encerramento do ano de 2019, o índice fechou em 11%. Com este novo percentual, sobe para 12,9 milhões o número de desempregados, 1,2 milhões acima do que foi registrado no trimestre finalizado em dezembro próximo passado (Fonte Portal IG, 15/05)
Indistintamente, o drama social do desemprego alcança, horizontalmente, todas as camadas, particularmente aquelas mais vulneráveis e socialmente desprotegidas. No entanto, determinados segmentos sociais se mostraram como os mais afetados pelos números crescentes do desemprego. Dentre estes, os jovens, as mulheres e os negros estão na linha de frente dos que sofrem os efeitos da crise.
No que diz respeito às mulheres, a taxa de desocupação no trimestre compreendido entre janeiro a março deste ano foi de 14,5% contra 10,4% do contingente masculino, no mesmo período. No segmento populacional composto pelos jovens, o desemprego cresceu de 23,8% para 27,1%, uma elevação bastante expressiva. Já para os negros, a taxa subiu para 15,2%, enquanto o percentual ficou no patamar de 9,8% para os brancos (Fonte Portal IG, 15/05).
A pandemia do coronavírus não pode, por si só, ser responsabilizada pela situação calamitosa que se constata em todos os segmentos de trabalhadores no que diz respeito ao desemprego, pois este quadro dramático e de flagelo social gigantesco é, em primeiro lugar, o resultado da política criminosa de liquidação da economia nacional promovida pelos golpistas, que levam adiante um ataque impiedoso contra os ativos nacionais, materializado nas privatizações, na entrega do patrimônio público e na transferência de trilhões de recursos do Estado para os parasitas sociais que sugam o resultado do esforço de milhões e brasileiros.
Neste sentido, a epidemia da Covid-19, que vem ceifando vidas em todas as regiões do território nacional (já são mais de 14 mil mortos), é tão somente um ingrediente a mais na engrenagem, que tem na política neoliberal pró-imperialista e antinacional do governo o motor principal que impulsiona a crise, conduzindo o país ao caos e à catástrofe do desemprego, da miséria social e das milhares de mortes já registradas pelo coronavírus.