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Futebol fora das 4 linhas

Descaso: diretoria do Flamengo sabia dos riscos no Ninho do Urubu

Documentos que foram parar nas mãos da justiça comprovam que o clube sabia dos riscos de acidente com o circuito elétrico no Ninho do Urubu 9 meses antes de ocorrer

Criminosas. É assim que classificamos as diretorias de futebol do Flamengo à época de Eduardo Bandeira de Mello, gestão 2016-18, e a atual, de Rodolfo Landim, comandada pelo testa de ferro dos empresários que não estão nem aí pro futebol, Marcos Braz.

Documentos que foram parar nas mãos da justiça comprovam que o clube sabia dos riscos de acidente com o circuito elétrico no Ninho do Urubu 9 meses antes de ocorrer: os capitalistas não ligam para futebol, e sim em ganhar dinheiro usando o clube.

Para quem não lembra, no dia 8 de fevereiro de 2019, 10 jovens jogadores da base do Flamengo vieram a óbito, vítimas de um “acidente” no Ninho, motivado por um incêndio causado pelo curto circuito das instalações elétricas da base. Sabemos, e não é de hoje, que houve descaso total das diretorias com os reparos necessários do alojamento, sendo assim, configura-se um crime dos responsáveis.

Athila Souza Paixão, Arthur Vinícius de Barros, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo Santos, Pablo Henrique da Silva, Rykelmo de Souza, Samuel Thomas Rosa e Vitor Isaías foram as vítimas do descaso das diretorias.

Os documentos em questão estão entre emails trocados entre o clube e a empresa responsável pelo reparo das instalações, e notas fiscais que atestam o pagamento de um serviço que nunca aconteceu, como foi confirmado depois do tragédia.

O Eduardo Bandeira, presidente na época dos “reparos”, assim como a gestão atual de Landim, tentam se eximir da culpa, mas é preciso denunciar que ambos são responsáveis pelo ocorrido e como o caso está sendo tratado. Bandeira tenta sair de fininho declarando que não “tinha conhecimento” dos tramites do setor responsável pelos cuidados com o Centro de Treinamento (CT) e que seria a favor da divulgação dos emails, no entanto, ele era o responsável pelo clube naquele momento. Este comportamento é típico de um empresário capitalista, que não quer assumir os prejuízos do seu negócio, jogando a culpa para terceiros.

Isto é, uma gestão que coloca o futebol e o clube em segundo plano, e a base talvez em terceiro ou quarto planos, pois problemas causados pela tragédia não são de importância alguma para a nova gestão. Ainda nos dias de hoje familiares das vítimas brigam para receber as devidas indenizações já determinadas pela justiça, os empresários empurram com a barriga.

Dessa maneira podemos entender que a diretoria, entupida de capitalistas, passa um recado para os talentos da base: que prefere gastar rios de dinheiro a formar jogadores. O que é o Flamengo? Ainda é uma escola? É um clube de futebol de massas ou uma empresa capitalista?

Já em dezembro, a gestão Landim assume com Marcos Braz bastante ativo nas ações e, sem surpresas, o Flamengo torna-se um clube endinheirado e traz um elenco de peso. Landim, ligado a grandes empresários interessados em ganhar dinheiro explorando a máquina do clube com maior torcida da América Latina, não está nem aí para a base.

O tratamento medíocre com a base no Flamengo é de ação direta das diretorias e para atestarmos isso, é só perceber quantos jogadores da base estão sendo valorizados. Exemplo disso é o atacante Lincoln, já várias vezes convocado para a seleção brasileira de base, que não consegue ter espaço no clube onde cresceu, porque a diretoria prefere gastar milhões de reais todos os meses com crias da base do Santos, do Corinthians, do São Paulo ou do Sport, não que estes clubes cuidem de sua base, o fato é que o futebol brasileiro é uma mina de ouro de craques.

A preferência do gasto vai até mesmo com a contratação de técnicos gringos como Jorge Jesus, que desprezam o futebol brasileiro, mesmo vindo de uma escola fracassada de treinadores na Europa, que nunca ganhou uma Copa.

A tragédia no Ninho do Urubu é fruto do descaso dos capitalistas com a base do Flamengo. A gestão do clube de regatas tem sido constantemente rodeada por empresários que querem lucros a todo custo, e não interessa a eles fazer as crias da casa crescerem e darem glórias ao ninho. Crias estas que estão nas próprias arquibancadas, estão hoje trabalhando de gandulas e sonham com uma carreira com a camisa rubro-negra. Ou seja, não sabem nada de futebol, nem de torcida. Sabem mesmo é de usar o futebol para seus próprios interesses e o resultado disso é a tragédia de 2019.

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