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"Reforma" aprovada na ALESP

Derrota em SP evidencia necessidade de ir às ruas e derrubar a direita

Máfia direitista aprova roubo da Previdência, em meio a isolamento da luta dos servidores paulistas e da política da esquerda de aprovar a reforma em outros Estados

Mais de 5 mil professores e servidores da rede estadual de SP se mobilizaram no dia de ontem nas imediações da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), desde o começo da manhã, depois que o presidente do parlamento paulista, Cauê Macris (PSDB) resolveu antecipar a votação, em segundo turno, da PEC 18, do governador tucano João Dória, na tentativa de não confrontar os deputados com os seus “representados”, uma vez que o Sindicato dos professores (APEOESP) e da maioria do funcionalismo haviam convocado os trabalhadores para comparecerem à ALESP à tarde, quando estava prevista a primeira sessão depois do carnaval, que encerraria a “discussão” e votaria a proposta.

Ela prevê um gigantesco roubo contra cerca de 1,5 milhão de servidores ativos e aposentados, estabelecendo, entre outras medidas – o aumento da contribuição previdenciária (de 11 para 14%) e, consequente redução dos salários congelados há vários anos; aumenta (sem processo de transição) a idade mínima para aposentadoria em até sete anos (para as mulheres, para os homens serias cinco anos a mais) e reduz o valor das aposentadoria e pensões. Em resumo, os servidores, pagariam mais, teriam os salários reduzidos, vão demorar mais para se aposentarem e (se conseguirem) vão receber menos.

Covardes, os deputados – devidamente comprados pelo governo Dória – cegaram cedo e por volta das 10h foram para o Plenário para tentar aprovar “a toque de caixa” a famigerada reforma.

Servidores, em sua maioria professoras, ocuparam a galeria do Plenário da ALESP e os corredores da casa legislativa, e se reuniram aos milhares na entrada principal da assembleia em torno do carro de som dos sindicatos.

Diante dos protestos dos servidores, a máfia direitista que dirige a casa, convocou a Tropa de Choque da Polícia Militar, e vários grupos de dezenas de “gorilas” ocuparam o Plenário da Casa e os corredores para expulsar os servidores da “casa do povo” e fecharam as portas da ALESP para impedir a entrada do “povo”.

Os servidores ainda forçaram a entrada e ingressaram em mais uma leva de centenas no Parlamento. A Pm intensificou a ação repressiva, usando bombas de gás lacrimogêneo, spray d pimenta, cassetetes etc. dentro da própria ALESP, primeiro, e, depois, nos arredores para tentar impedir que os servidores se reunissem.

A derrota dos servidores paulistas se tornou possível pelo isolamento da luta contra a reforma no Estado, depois que as reformas foram sendo aprovadas sem uma luta geral – que deveria ser impulsionada pela direção da CNTE e da CUT -. Isso permitiu que a reforma fosse aprovada, além de SP, dentre outros Estados no PR, RS, MA, CE, PI, estes últimos estados governados pela esquerda (PT e PCdoB) que dirigem as entidade do funcionalismo.

A direção da APEOESP e dos demais setores do funcionalismo paulista, impulsionou uma politica de mobilizações limitadas de “pressão” sobre os deputados, que serviu para retardar a aprovação da reforma, mas que não servia – de modo algum – para evitar a sua aprovação, em uma Assembleia dominada pela direita golpista, súdita do governo reacionário de Dória.

Essa situação foi destacada na intervenção do companheiro Antônio Carlos Silva, professor, dirigente da corrente Educadores em Luta e membro da direção nacional do PCO, em sua intervenção, ao final da mobilização. “Sabemos que essa situação é resultado de uma capitulação de muitos setores que deixaram a gente sozinho, aprovando a reforma da previdência em vários estados, inclusive setores da esquerda, que apoiaram essa política e deixaram nosso combativo sindicato, a Apeoesp, isolado”, denunciou.

Como assinalou o companheiro, é preciso realizar um balanço nos locais de trabalho e “organizar uma mobilização e preparar para dar uma resposta a essa situação, e a resposta tem que ser uma grande luta política”. Para ele, “o sindicato tem que assumir no dia 18 o chamado a derrubar Doria e a derrubar Bolsonaro, governo inimigo do povo.”

Nas atividades da ALESP, os militantes de Educadores em Luta e do PCO, distribuíram mais de 10 mil adesivos – “Fora BolsoDória” e “Fora Bolsonaro” -, foram distribuídos mais de 3 mil boletins e exemplares do Jornal dos Comitês de Luta, sobre a necessária mobilização pelo fim do governo do presidente ilegítimo,

Veja abaixo, como votou cada um dos deputados da ALESP, em relação ao roubo da Previdência dos servidores.

 

 

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