Da redação – O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), entrou com um boletim de ocorrência após a extrema-direita começar a cumprir o que prometeu, atacando a esquerda dentro do Congresso, invadindo o gabinete de oito deputados durante os preparativos para a posse do presidente ilegítimo, Jair Bolsonaro, na última segunda-feira (31).
Além do gabinete do líder Paulo Pimenta, foram invadidos os gabinetes dos deputados Josias Gomes (BA); Leonardo Monteiro (MG); Luiz Couto (PB); Odair Cunha (MG); Patrus Ananias (MG); Pepe Vargas (RS); Rejane Dias (PI) e Waldenor Pereira (BA), bem como dos deputados do PSOL Chico Alencar (RJ), Gláuber Braga (RJ), Jean Wyllys (RJ), Ivan Valente (SP) e Luiza Erundina (SP).
Segue a denúncia do deputado:
É importante que os deputados petistas denunciem amplamente essa ofensiva da direita golpista, porém, as declarações de Monteiro, alegando ser “preocupante e inaceitável”, e mais, que “fere a autonomia dos poderes e representa um desrespeito não só aos parlamentares, mas à democracia brasileira”, não são suficientes.
É ingenuidade demais entrar com recurso para que Rodrigo Maia (DEM), um golpista capacho dos EUA, que derrubou Dilma Rousseff em 2016, investigue uma invasão que foi feita por indivíduos que estão fechando uma ala que vai elegê-lo para presidente da Câmara. Essa extrema-direita que quer colocar o PT na ilegalidade não tem medo de papeis assinados pois seus patrões estão agora no poder, os militares, o juiz golpista Sergio Moro e etc. É desmedido entrar com um recurso quando o presidente do partido está preso sem provas, ou quando todo e qualquer recurso que foi tentado para retirá-lo da prisão ilegal em 2ª instância foi rasgado, pisoteado, queimado…pelos militares golpistas.
O movimento operário, a esquerda e as organizações populares devem compreender de uma vez por todas que a extrema-direita, organizada pela burguesia golpista, não está brincando quando diz que vai colocar na ilegalidade a esquerda, ou quando, como no discurso de campanha de Jair Bolsonaro, ameaçou “metralhar a petralhada toda”.
Os últimos episódios onde o deputado fascista Alexandre Frota (PSL) agrediu um militante do PSOL em meio a diplomação oficial de São Paulo, evidenciaram como é a política dessa corja fascista: aos moldes dos nazistas alemães. Após a agressão física, após as alegações posteriores de Frota, de que jogaria o militante do palco, o filho de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, afirmou que no Congresso seriam dezenas de Frotas, e assim, está mais do que claro agora o que vai acontecer.
É preciso organizar a autodefesa do movimento operário, do movimento camponês, e agora, é preciso que os deputados dentro do Congresso se organizem para não serem agredidos.