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Burocracia sindical

Depois de um ano de quarentena, sindicalistas ainda querem férias

Diante da ofensiva patronal em tempo de pandemia as direções sindicais, por decisão quase unânime, fecharam as portas das organizações de luta dos trabalhadores

Enquanto que a classe trabalhadora está passando por um gigantesco ataque, às suas já precárias condições de vida, dos patrões e seus governos que, em época de pandemia, tal ofensiva aumentou exponencialmente, as direções sindicais que passaram esse tempo de pandemia em quarentena, quando fecharam as portas de praticamente todos os sindicatos no país inteiro, agora, é claro, reclamam pelas as suas “merecidas” férias.

Os trabalhadores brasileiros estão passando por uma ofensiva reacionária sem precedentes na história do país. O número de desempregados a cada dia bate novos recordes, hoje, pela primeira vez na história o número de desempregados ultrapassa 50% da mão de obra ativa no país. Tirando proveito do desemprego, foi imposto um regime de brutal arrocho salarial. Os poucos contratados são admitidos com salários mais baixos e sem direitos. Enquanto os salários caem, o custo de vida não para de crescer. Os preços dos alimentos aumentaram até 40% no ano. A fajuta inflação oficial é a mais alta dos últimos 15 ano.

O governo ilegítimo Bolsonaro, praticamente todos os dias edita uma Medida que visa sacrificar os trabalhadores em benefício dos banqueiros e capitalistas nacionais e internacionais, medidas essas que são imediatamente acatadas pelo reacionário Congresso Nacional, como por exemplo o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, que atingiu diretamente os servidores públicos, que já se encontravam com os seus salários congelados a mais de seis anos, ou mesmo, se aproveitando da pandemia, a aprovação da MP 936 que reduz salários, suspende contrato de trabalho e até demite.

Diante dessa enorme ofensiva patronal o que se viu por parte da direções sindicais, em tempo de pandemia, foi a decisão, quase unânime, do fechamento das portas das organizações dos trabalhadores e, a burocracia sindical passou a realizar o seu “trabalho”, “manifestações”, assembleias e, vejam só, até greve de forma virtual. Enquanto o trabalhador vem sendo esmagado, de forma presencial, pelo os patrões (os bancos não deixaram de abrir as suas portas em nem um momento durante a pandemia, a indústria, portos, Petrobras, as empresas de energia, água e esgoto, ou seja, praticamente todos os setores da economia) a burocracia se encontra no bem bom da sua casa fazendo uma livezinha ali outra acolá.

Mas com a vida de digitação em casa, para a burocracia sindical, é muito cansativa, nada melhor que no período de férias para descansar os seus dedinhos, as suas palpebras.

É o que podemos constatar quando verificamos sites das organizações dos trabalhadores que, para disfarçar a política de sombra e água fresca, matérias que tenta induzir os mais incautos a pensar que a defesa das férias seria uma questão geral dos trabalhadores, quando na verdade diz respeito de “descanso” própria burocracia. É só entrar nos sites dos sindicatos e verificar a quantidade de matérias, em clima geral de festas e férias, de votos de boas festas e etc.

Em uma dessas matérias um advogado de um dos escritórios de advocacia que prestam serviços para o movimento sindical expressa bem esse sentimento da burocracia. “Após 12 meses de trabalho, especialmente depois de um ano de uma pandemia, com isolamento social intenso, muita conexão com reuniões online, seminários virtuais e troca de mensagens sobre trabalho em plataformas digitais numa velocidade jamais vista, o que muitas pessoas precisam agora é um período para descansar. As tão sonhadas férias.”  (Site Cut 18/12/2020)

O fato é que a esmagadora maioria dos trabalhadores, na pandemia, tem que trabalhar, para suprir os que estão confinados, para esse não havia nenhuma alternativa, operários da fábricas, caixas de supermercado, trabalhadores dos transportes, dos correios, nos hospitais, etc. e o grande problema diante dessa situação é que a maior parte dos sindicatos continuam fechados estão em confinamento, decretando, contra o princípio fundamental da solidariedade operária, a lei capitalistas do “salve-se quem puder”.

É preciso ter claro que os ataques dos patrões não irá cessar diante das festas de natal, de ano novo ou mesmo diante das férias escolares. Para a burguesia não há descanso, quando o quesito é massacrar a classe trabalhadora e a população em geral em benefício próprio.

Reabrir os sindicatos é um ponto essencial para por em movimento os trabalhadores no atual momento, não há mais tempo a perder. É necessário organizar a classe trabalhadora, convocar mobilizações, assembleias, atos, contra a ofensiva dos patrões.

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