O general-ministro Silva e Luna, o atual ministro do moribundo governo Temer, anunciou que as Forças Armadas (FFAA) estarão fazendo o policiamento durante as eleições e que aceitarão o resultado das eleições independentemente do candidato vencedor.
Em primeiro lugar, é preciso apontar que um país onde o exército tenha que se pronunciar sobre se vão ou não respeitar o voto popular, é uma quase ditadura militar, um regime tutelado pelos militares.
Os militares, no entanto, não só estão opinando, como estão ameaçando quando vêem que as instituições da dita democracia não conseguem impor a vontade da burguesia golpista aos trabalhadores. O general Eduardo Villas Boas, comandante do Exército, chegou a dar declarações de que as FFAA não aceitariam Lula como presidente. Ameaçados, os petistas capitularam e indicaram Haddad como o candidato presidencial.
Setores da esquerda interpretaram a declaração de Silva e Luna como uma oposição à de Villas Boas, nada poderia estar mais longe da verdade. Após por Lula para fora, a burguesia começou uma operação de manipulação das eleições, que, diga-se de passagem, não involve a vitória do PT, e a declaração do General aparece diante de um cenário onde os golpistas tem confiança de que serão vitoriosos na urna.
Em resumo, estão falando que vão respeitar o resultado pois acreditam que será favorável a eles.