A ala direita do PT, que antes das eleições pregava que se devia virar a página do golpe, ir direto para o plano “B” das eleições, abandonando Lula na cadeia, chega no segundo turno das eleições fraudadas de 2018, com ares de “autoridade” para aprofundar a direitização da campanha petista.
Jaques Wagner, cacique do PT da Bahia, que se elegeu como senador nessas eleições fraudadas, declarou após o resultado das eleições presidenciais, que Fernando Haddad tem que esquecer Lula no segundo turno e ser um candidato com mais “personalidade”, ou seja, não descontentar os golpistas que querem Lula na cadeia.
Jaques Wagner e outros membros do PT já eram defensores do plano “B” antes mesmo de Lula ser preso. A política eleitoreira do PT, de aceitar substituir Lula por Haddad e não levar sua candidatura até o fim se mostrou uma tragédia, facilitando a manipulação eleitoral em favor do golpista e fascista Jair Bolsonaro.
Agora, Jaques Wagner e os sábios do PT que queriam que os militantes da esquerda virassem a página do golpe, orientam para que a campanha do PT do segundo turno retire a estratégia de transferir os votos de Lula para Haddad e apenas corra atrás dos votos dos “coxinhas”.
A direita dentro do PT quer uma campanha no segundo turno com cara de PSDB, escondendo Lula debaixo do tapete. Esquecem que ele é o legítimo dono dos 29% dos votos que foram dados a Fernando Haddad.
Além disso, a orientação para direitização da campanha de Haddad vai mais longe, tirando o vermelho da campanha e substituindo com as cores do verde amarelo tão usado pela direita na campanha contra o golpe.
Se no primeiro turno Lula aparecia pelo menos oficialmente na campanha de Haddad, agora nem isso. Atendendo a mais esse desejo da burguesia, Haddad e Manuela retiraram Lula dos materiais de campanha, como se ele nunca tivesse existido.
Com essa estratégia, o PT não só não receberá os votos da direita, que já têm dono, como pode até perder os votos dos trabalhadores que achavam que Haddad seria um Lula.