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Quebrando o Tabu

Psol: depois de “Jana, meu amor”… agora “Kim, meu amor”

A direita tenta combater a polarização porque ela representa um desenvolvimento da esquerda, e o Psol colabora nisso com "debates" como o que ocorreu entre Sâmia e Kim

Mais uma vez o Psol está colaborando com a direita no esforço de apaziguar a polarização política no Brasil. Segunda-feira (9), o canal Quebrando o Tabu, conhecido também como “Tucano o Tabu”, publicou um debate entre a deputada federal Sâmia Bomfim, do Psol, e Kim Kataguiri, do DEM e do MBL, com o objetivo de “furar a bolha”, conforme diz a descrição do vídeo no YouTube. Antes dessa publicação, um debate semelhante foi publicado com a participação de Marcelo Freixo, do Psol, e a deputada federal Janaína Paschoal, do PSL, chamada por Freixo carinhosamente de “Jana” durante a conversa.

A direita tenta combater a polarização porque ela representa um desenvolvimento da esquerda. Os direitistas deram um golpe de Estado em 2016, e desde antes do golpe, quando começaram a mobilizar os coxinhas, que se tornariam base de Jair Bolsonaro, os trabalhadores organizados, em partidos de esquerda, sindicatos e movimentos populares, começaram a se desenvolver na luta contra o golpe. Esse processo não parou com a queda de Dilma, mas continua até hoje. O combate à polarização visa esfriar esse movimento em favor da estabilização do regime político depois do golpe da direita e depois da fraude das eleições sem Lula em 2018. Freixo ajudou com essa manobra participando de um debate com Janaína Paschoal, e agora Sâmia repete o feito.

 

Um debate para concordar

O debate da Tucano o Tabu é feito de modo que os debatedores são estimulados a encontrarem pontos de concordância. Assim, Samia e Kim são estimulados a concordarem sobre determinados temas. Sobre educação, por exemplo, eles podem discordar em relação à privatização, mas concordam em que, nas palavras de Kim Kataguiri, “os maiores resultados vêm do investimento na primeira infância, quando se forma a memória de longo prazo”. Sâmia, alegremente, concorda, afinal, nas palavras dela, “estamos tentando encontrar convergências”.

Eles concordam também que Eduardo Bolsonaro não deveria ter sido indicado como embaixador nos EUA. E Sâmia chega ao ponto de fazer propaganda da atuação parlamentar de Kim Kataguiri, um deputado do DEM. Sâmia faz propaganda de uma alteração que Kim Kataguiri fez em uma proposta de lei relativa ao nepotismo. O deputado incluiu que não se poderia mais nomear parentes até o terceiro grau para determinados cargos de chefia, incluindo embaixadas. Sâmia diz que Kim “tem os votos do Psol”, e continua, “aproveita para fazer propaganda do seu projeto”.

 

Embelezando o bolsonarismo

Independentemente dos argumentos debatidos durante a amistosa conversa, no entanto, o maior problema é o próprio tom do debate. A direita deu um golpe no Brasil, não estamos sob uma democracia, a polarização é necessária para que determinados direitos democráticos sejam reconquistados. Começando pelo direito de escolher o presidente pelo voto. A polarização deveria ser estimulada, e os trabalhadores devem ser mobilizados contra esse governo ilegítimo e golpista. Debates como esse ajudam a direita a fingir que tudo estaria normal. E o Psol tem fornecido figurantes para essa farsa participando de debates como esse.

Além do problema do golpe, a direita está agindo com extrema violência para liquidar a esquerda e as organizações dos trabalhadores, e assim impossibilitar uma reação popular à aplicação do programa neoliberal no País. Bolsonaro estimula a violência no campo, a direita persegue movimentos populares na justiça, sindicatos e a UNE estão sendo asfixiados financeiramente, entre muitos outros ataques à organização operária no Brasil.

Diante disso, procurar apresentar o embate político em curso como um problema de debater civilizadamente de maneira parlamentar é um crime político e um enorme perigo para os trabalhadores. É urgente a mobilização dos trabalhadores pela liberdade de Lula e pela saída de Bolsonaro do governo. São questões de vida ou morte para as organizações dos trabalhadores e para o futuro do País.

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