Wilson Witzel, governador de extrema-direita do Rio de Janeiro, desde o começo do ano, quando foi vaiado e xingado durante ensaio técnico na Sapucaí, continua a colecionar antipatia e rejeição da população.
No dia 7 de setembro, foi vaiado e praticamente expulso pelos que foram à Bienal do Livro (RJ), quando ainda ecoava a censura promovida pelo prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella.
No mesmo dia, no festival de cerveja, Mondial de la Biere, houve protesto, vaia e xingamento contra o governador.
Em julho, em Coimbra, Portugal, o mesmo Witzel foi chamado de fascista e vaiado por estudantes.
Seu governo foi denunciado à ONU e OEA pelo aumento de mortes no Rio de Janeiro. 434 pessoas morreram durante intervenções policiais no primeiro trimestre da gestão Witzel.
As vaias e xingamentos mostram muito bem a impopularidade do governador, a visão negativa de sua gestão, claramente violento e anti-pobre.
No entanto, não se vê na imprensa burguesa nenhuma menção sobre essa impopularidade. No caso da Presidenta Dilma, todas as manifestações, algumas as mais artificiais possíveis, foram exploradas à exaustão para carimbar a ex-presidenta e seu governo como impopular.
Aliás, a direita, com Witzel, Dória, Zema, Ibaines, entre outros, é poupada de forma sistemática, mostrando como a imprensa burguesa atua para blindar aliados e destruir os adversários.