Segundo o CRIC, a força pública utilizou armas de fogo contra os manifestantes, causando a morte por impacto no tórax de Deiner Seferino Yunda e feridas a outros representantes dos povos originários de Colômbia.
Assinalou a organização líder dos indígenas no departamento de Cauca que a ação repressiva afeta a mesa de diálogo com o Governo, representado nessa instância pelo Alto Comissionado da Paz, Miguel Ceballos, e à que os porta-vozes da Minga têm pedido se incorpore o presidente do país, Iván Duque.
Os fatos teriam tido lugar na localidade O Cairo, município Cajibío, departamento de Cauca, situado no sudoeste da Colômbia e epicentro dos protestos que protagonizam os nativos desde o último dia 10 de março em defesa de direitos ancestrais.
A CRIC precisou que desde a última madrugada drones e aeronaves militares sobrevoaram as comunidades indígenas da zona e que ao amanhecer se escutaram explosões, seguidas de ataques da força pública contra os mobilizados com o emprego também de gases lacrimôgenos.
Também se informou da suspensão do serviço elétrico na região e da presença de civis armados junto aos membros da polícia local.
Na Minga Nacional participam uns 25 mil indígenas, camponeses e afro colombianos de uma dezena de departamentos do pais sul americano que reclamam a implementação do Acordo de Paz e o cumprimento de mil e 300 acordos pactuados com o Estado nos últimos anos.