Nesta segunda-feira (27), o governador fascista do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), regulamentou a lei nº 6.381, que autoriza venda direta de arma de fogo a aposentados ou inativos da Polícia Civil, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária. Esta lei já havia sido sancionada em setembro do ano passado. Todavia, ainda precisava ser regulamentada para entrar em vigor.
A medida sancionada e regulamentada pelo governo de Ibaneis significa mais uma etapa para o fortalecimento do aparato repressivo do estado. Agora, policiais militares terão mais facilidade para continuar “na ativa” mesmo depois de aposentados, representando um verdadeiro risco para a classe operária, principal alvo desse tipo de instituição.
Fica cada vez mais claro o equívoco feito por setores da esquerda pequeno-burguesa que, no começo da pandemia, prontamente taxaram Ibaneis de “moderado” colocando-o em um novo grupo denominado direita “científica”. Não podemos ser ingênuos, principalmente no momento pelo qual passamos. Ibaneis e, consequentemente, toda a corja de golpistas que fazem parte do governo de Bolsonaro, são inimigos do povo, nada mais. Temos, agora, mais uma prova irrefutável de que ele defende os interesses da classe dominante, esmagando, cada vez mais, os trabalhadores. Sem contar na própria abertura comercial que, no momento, está sendo efetivada de uma forma generalizada.
Entretanto, também não podemos cair na demagogia da esquerda de que qualquer tipo de armamento é prejudicial à população como um todo. O ponto é que o projeto que Ibaneis e, consequentemente, Bolsonaro defendem diz respeito ao armamento da burguesia. Não é, de forma alguma, um projeto que pode garantir, como é propagado, o acesso generalizado às armas. Muito pelo contrário: é um artifício para armar, cada vez mais, a burguesia, possibilitando, então, o controle total da população por parte da direita.
Nesse sentido, o que defendemos é o armamento da população de uma forma centralizada, visando a autodefesa da classe operária contra os aparatos do estado, à título de exemplo, a própria Polícia Militar. O que deve ser feito é a formação de milícias populares dentro dos bairros periféricos para que, caso a população seja atacada – como é constantemente constatado -, consiga se defender de uma forma efetiva. Afinal de contas, colocar flores nos canos das armas dos soldados só funciona em filmes, por mais que a esquerda liberal queira provar o contrário. Na vida real, a população sofre um verdadeiro genocídio, sem qualquer possibilidade de defesa senão a sua própria organização.