Em uma medida profundamente antidemocrática, o governo de Emmanuel Macron, na França, proibiu manifestações dos “coletes amarelos” em bairro das cidades de Paris, Bordeaux e Toulouse, após uma grande repressão a manifestação dos mesmos no último sábado (16). A proibição foi anunciada pelo Primeiro-ministro da França, Edouard Philippe, nesta segunda-feira (18), em pronunciamento na televisão.
Philippe assim se exprimiu: “a partir do próximo sábado 23 proibiremos protestos dos coletes amarelos nos bairros mais atingidos assim que identificarmos a presença de grupos radicais que querem causar danos” . O Primeiro-ministro ainda informou que a medida é por tempo indeterminado. Entre a áreas proibidas encontram-se a avenida Champs-Elysées em Paris, a Praça Neuberg em Bordeaux e a Praça do Capitólio em Toulouse, centros nevrálgico da atividade econômica da grande burguesia francesa e o por isso alvo da revolta popular contra os ricos, que o governo representa.
O movimento dos coletes amarelos, que teve início em novembro do ano passado, tem colocado o governo em xeque, mostrando a impopularidade deste, denunciando seu compromisso exclusivo com os bancos e a grande Burguesia francesa e europeia em detrimento do povo francês. No último sábado, na 18* manifestações seguida, várias lojas foram pilhadas e incendiadas em Paris, em resposta à política neoliberal de Macron que pune o povo francês, e a política de repressão que o governo tem levado contra o povo.
Curiosamente, a França, que a burguesia europeia procura mostrá-la como exemplo de democracia e estabilidade, contrastando com o que chamam de ditadura, como a Venezuela e a Rússia, pretendem cassar o direito fundamental de manifestação do povo para proteger o patrimônio de meia dúzia de capitalistas, o que na verdade constitui o ápice da tirania contra o povo e em favor dos ricos.