O Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) denunciou esta semana que 3 mil funcionários terceirizados da empresa foram demitidos nos últimos meses e que, até janeiro de 2020, outros 1,5 mil concursados serão transferidos para Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
“Essa medida na verdade é um dos passos que a Petrobras está dando para encerrar as atividades no estado da Bahia”, declarou o diretor do Sindipetro-BA, Radiovaldo Costa, à Tribuna da Bahia.
Na Bahia, a Petrobras busca vender a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) – o que pode levar ao fechamento de 14 fábricas no Polo Industrial de Camaçari -, a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), campos de petróleo, as suas cinco termelétricas e o terminal marítimo.
“Claro que essas unidades vendidas vão operar, mas a lógica da iniciativa privada é completamente diferente da Petrobras. Tem menos funcionários, redução dos postos de trabalho, os salários são menores, por exemplo”, disse o sindicalista ao jornal baiano. “Isso significa que o índice de desemprego pode aumentar em muito, porque essas empresas podem ter mais de dois mil trabalhadores”, completou.
Ao mesmo veículo, o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) afirmou que “enquanto em outros países as áreas de energia estão sob o controle do Estado, aqui o governo Bolsonaro quer entregar tudo à iniciativa privada”.
E é exatamente esse o plano de Bolsonaro. Entregar a Petrobras – empresa que simboliza a capacidade de desenvolvimento nacional do Brasil – e, com ela, todo o petróleo brasileiro, para as garras dos grandes capitalistas internacionais.
Qualquer demagogia nacionalista que Bolsonaro possa fazer não consegue esconder que sua intenção é dar a Petrobras e as principais empresas nacionais de bandeja para os maiores monopólios imperialistas.
O que acontece na Bahia, na verdade, é o retrato da situação da devastação da economia nacional, o desmonte completo da Petrobras pelo regime golpista, desde o início da Operação Lava Jato.
O governo Bolsonaro é um governo imposto pelo imperialismo justamente para entregar o Brasil aos tubarões capitalistas. É um governo antinacional, contra o povo brasileiro. Ele precisa ser derrubado imediatamente pela força da mobilização popular, nas ruas. O povo já pede e é necessário colocar em prática a palavra de ordem Fora Bolsonaro, antes que Bolsonaro coloque para fora todas as riquezas e recursos nacionais.