No final do ano de 2020, vimos nas divulgações de órgãos de pesquisas, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que o desemprego aumentou significativamente e que ultrapassou aos 14,2 milhões. Estamos em 2021 e o que mais se ouve falar, tanto do setor industrial, bem como, comercial e serviços é de que vai haver demissões e de que fábricas estão sendo fechadas.
Um exemplo disso, entre vários outros, é o da fábrica de pipoca, da marca Yoki, pertencente a General Mills. A empresa que tem uma fábrica em Nova Prata, no interior do Rio Grande do Sul, na última segunda-feira (11) informou que irá fechar as portas e 300 trabalhadores vão ser jogados no olho da rua, aumentando o enorme exército de desempregados que vem acumulando ao longo dos anos, principalmente depois do golpe de 2016, que tirou Dilma Rousseff através do impeachment e colocou, em uma eleição fraudulenta, o fascista Bolsonaro no poder.
Como os patrões tradicionalmente fazem, diante de qualquer crise, os primeiros a receber o golpe são os trabalhadores e foi assim que a General Mills agiu, ou seja, 300 trabalhadores da unidade de e Nova Prata serão demitidos nos próximos cinco meses. Através de uma nota falaciosa, a empresa afirmou que o fechamento faz parte de uma “reestruturação…” em todo o país e prometeu dar suporte aos demitidos e que todos os acordos e compromissos serão cumpridos.
Outras empresas que demitiram em massa, como a dona da marca Yoki está fazendo, utilizaram-se de argumentos idênticos. Uma delas foi a Editora Abril, que, diante da crise da empresa da família Civita, os patrões disseram que iriam pagar os direitos trabalhistas integrais, o que ocorreu foi que os 300 trabalhadores da gráfica da família não receberam um único centavo. Deixaram todos os trabalhadores a ver navios.
Apesar de não anunciar novas demissões, os trabalhadores de Cambará, no Paraná, temem acontecer o mesmo com eles.
É hora de os trabalhadores se mobilizarem contra mais esse ataque dos patrões, portanto, é necessária a organização dentro das fábricas, para a realização de uma greve contra as demissões e, entre outras formas de luta, está a ocupação das instalações das fábricas.
A Central Única do Trabalhadores deve estar à frente dessa luta, pois, caso contrário, os mais de 14 milhões de operários desempregados poderão crescer exponencialmente e, apesar de toda a riqueza existente no país, haverá dezenas de milhões de famélicos, devido à atitude do governo que está entregando tudo ao imperialismo e aos patrões que querem em suas fábricas escravos e um exército de desempregados.