Ao menos 33 mil trabalhadores e trabalhadoras calçadistas perderam seus empregos desde o início da pandemia do coronavírus em todo o país, segundo dados da Associação Brasileira de das Indústrias de Calçados, Abicalçados.
O estado mais atingido pelo desemprego no setor foi São Paulo, com mais de 10 mil demissões, segundo a Abicalçados. Para o Sindicato dos Calçadistas de Jaú, o impacto pode ser ainda maior. “Em Jaú, cidade considerada polo calçadista, estimamos que cerca de 30% da categoria perdeu o emprego e outra grande parte teve contratos suspensos ou jornada reduzida de acordo com o que está previsto na MP 936”, aponta Jacintho, presidente da entidade.
Tal situação nada mais é do que o resultado da política de omissão dos sindicatos e das centrais sindicais, principalmente a mais relevante delas, a CUT, que simplesmente fecharam as suas portas devido a crise do coronavírus. E justamente no período de maior ataques já vistos nos últimos tempos contra a classe trabalhadora.
Em outras palavras, uma política covarde por parte das sindicatos, que estão permitindo processos de negociação de redução de jornada e salários, além de suspensão de contrato de trabalho que estão sendo realizados entre patrão e trabalhador de forma individual, correndo o risco de serem demitidos se não aceitarem. Tudo isso sem a participação dos sindicatos, que estão sendo apenas comunicados das decisões das empresas.
Por isso, mais do que nunca, é preciso reabrir todos os sindicatos – levando em consideração todas as medidas de segurança contra o coronavírus – e chamar uma mobilização nacional dos trabalhadores.
Se faz necessário também paralisar setores da classe trabalhadora que nesse período jamais fizeram quarentena e que seguem trabalhando, sendo expostos ao Covid-19, sem a menor garantia de proteção, como os companheiros de supermercados, dos correios dos transportes, entre outros.
Enquanto isso a política do ilegítimo Bolsonaro e de todos o governadores da direita neste período é a de lançar a população de volta às ruas, à exploração no trabalho a qualquer custo, em pleno ápice da pandemia no Brasil, para atender às demandas dos setores patronais. Política genocida que está matando a população pobre trabalhadora por contato pelo coronavírus ou matando de fome.
É preciso que a CUT saia da paralisia e mobilize os trabalhadores na defesa dos seus direitos e pelo Fora Bolsonaro e todos os governadores genocidas!