Da redação – Neste final de semana, caiu mais um político do governo Bolsonaro. Desta vez, o banqueiro Joaquim Levy, que estava encarregado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES).
Levy é um homem de alta confiança da burguesia imperialista e dos grandes partidos de direita do Brasil. Sua saída do governo Bolsonaro demonstra, mais uma vez, a intensa crise que vive o governo. Na quinta-feira (13), o General Santos Cruz foi demitido também.
O presidente da Câmara de deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ter ficado “perplexo” com o tratamento dado a Levy pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que o havia indicado para exercer o cargo. Os analistas da grande burguesia estão criticando Guedes por ter abrido mão de Levy para apoiar Bolsonaro.
Levy se demitiu no domingo (16), um dia depois de Bolsonaro ter afirmado em entrevista que ele estava com a “cabeça a prêmio”. Isso, pois os dois conflitaram em torno do diretor de Mercado de Capitais do banco, Marcos Pinto. Bolsonaro cobrava sua demissão ou ele mesmo iria demitir Levy, como o próprio presidente afirmou aos jornais.
Bolsonaro não está conseguindo se articular politicamente com o “centrão”. Ainda mais, não consegue resolver a crise interna dentro de seu governo. A demissão de Santos Cruz é uma demonstração de que o grupo bolsonarista típico, liderado em grande parte por Olavo de Carvalho, é quem está com mais força no governo.