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Demétrio Magnoli

Aonde vai a reciclagem do lixo político nacional?

O barco tem água por todos os lados e os ratos golpistas tentam salvar suas peles

Artigo do colunista da Folha de S. Paulo, Demétrio Magnoli, intitulado “Lula livre”, publicado no último dia 21 de setembro, é mais uma demonstração de que o barco da Lava-Jato faz água por todos os lados e uma corja de golpistas, uns “ratos de porão”, defensores de todas as bandalheiras promovidas pelo imperialismo e seu séquito de serviçais – incluam-se aí, o Congresso Nacional, o Judiciário, os banqueiros e grandes capitalistas associados ao imperialismo, o agronegócio e os grandes monopólios dos meios de comunicações – começam a pular do barco na tentativa de salvar suas peles, pois suas almas, há muito corrompidas, já estão no quintos do inferno da lata de lixo da história.

Magnoli é um desses. Aliás, a porteira foi aberta por outro “notável” golpista, Reinaldo Azevedo. No artigo em questão o colunista da Folha, d’O Globo e comentarista da Globo News, declara que “hoje sabemos, graças à Vaza Jato, que os processos tinham cartas marcadas. O conluio entre Estado-julgador e Estado-acusador violou as leis que regulam o funcionamento do sistema de Justiça. A corte suprema tem o dever de preservar o Estado de Direito, declarando a nulidade dos julgamentos e colocando o ex-presidente em liberdade”.

É muito hipocrisia do ultra reacionário funcionário da Globo e da Folha. Qual a preocupação que o senhor Magnoli teve com a campanha sórdida de calúnias promovida por toda imprensa venal brasileira em defesa do golpe de Estado? Ele mesmo foi ponta-de-lança em reproduzir como verdade o que a Lava-Jato e os golpistas em conluio com os meios de comunicação forjavam nos bastidores. Preocupação em preservar o Estado de Direito? Qual o golpista que se preocupa com tal “zelo democrático”? Demétrio Magnoli, assim como vários articulistas da imprensa golpista e de fora dela que agora procuram se reciclar se lixaram para o fato de que o golpe de 2016 rasgou a Constituição, derrubou uma presidenta legitimamente eleita, perseguiu e prendeu Lula e finalmente fraudou as eleições e trouxe para primeiro plano o que há de mais podre na política nacional, como a extrema-direita, os bolsonaros, os witzels e os generais lambe-botas do imperialismo.

Na verdade, o que querem Magnoli, Reinaldo Azevedo, os próprios meios de comunicação golpista, políticos como o cadavérico Temer e Marta Suplicy, artistas globais e até mesmo, pasmem, o ator pornô, Alexandre Frota, é se descolar do barco da Lava-Jato, que é o mesmo do golpe e do governo fascista de Bolsonaro. Essa reciclagem é um sinal da crise. É um processo geral da burguesia que quer rearticular o “centro”, leia-se a direita, diante de um barco na iminência de ir a pique. Em última instância é uma tentativa de reciclagem do PSDB, o patrono político do golpe. Nunca é demais recordar que Bolsonaro foi um candidato improvisado diante da inviabilidade absoluta do candidato do PSDB nas eleições de 2018, portanto, é uma tentativa de impedir que o “centro”, destruído, não seja capaz de se colocar como uma saída para a burguesia. Isso, sem sombra de dúvida, elevaria a temperatura às alturas, com a crise política tomando proporções gigantescas.

Não é por outro motivo, que Magnoli, ao mesmo tempo que defende o “banco dos réus para os comparsas Moro e Dalagnol” resgata a campanha de calúnias, mentiras e infâmias contra o PT e Lula: Lula foi sim o “chefe da máfia” : “Lula é politicamente responsável pela orgia de corrupção que se desenrolou na Petrobras”, ou ainda, “A corrupção lulopetista nasce de uma tese política elaborada, em versões paralelas, por José Dirceu e Luiz Gushiken”, ou ainda, “Do Planalto, Lula avalizou pessoalmente a colonização de diretorias da Petrobras por agentes do PT, do PMDB e do PP que aplicaram as regras do jogo da corrupção”, ou ainda, “a promiscuidade entre o presidente e as empreiteiras estendeu-se para além das fronteiras nacionais”.

Essa é a podre tese do golpe forjada pelo imperialismo, que se transformou em “verdade” pelas mãos sujas de toda essa gangue de criminosos políticos da imprensa nacional. Em outros termos, Magnoli busca a própria Lava-Jato, expurgada dos seus “excessos” representados por Moro e Dalagnol, como o esgoto que os ratos tem de se aferrar na tentativa de se salvarem.

Vai ser difícil para os partidos, os indivíduos, a imprensa, enfim, para todos aqueles que entraram de cabeça na fossa de dejetos humanos limparem as suas fichas. É por isso que a esquerda não pode contemporizar com golpistas “arrependidos”. O caminho é deixá-los na fossa para que se afoguem com seus próprios dejetos.

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