O atual prefeito de São Paulo reeleito em 2020 Bruno Covas, se utilizou de muita demagogia na campanha na defesa da equidade de direitos, prometendo inclusive distribuir cargos de destaque para mulheres e negros em sua gestão. Porém, a nova composição de sua equipe denuncia que suas ações são muito contrárias a isso. Até o momento, as mulheres indicadas, o foram para gestar pastas com menos recursos e poucas políticas públicas.
Alguns desses casos são, Eunice Prudente, única professora negra da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), Berenice Giannella, na Assistência Social, com orçamento de R$ 981 milhões para cuidar da população de rua, e Elza Paulina de Souza, inspetora da Guarda Civil Metropolitana (GCM) nomeada secretária da Segurança Urbana, com R$ 773 milhões e é a segunda pessoa negra na relação de secretários, Aline Cardoso (Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo), Ana Claudia Carletto (Direitos Humanos e Cidadania), Silvia Grecco (Pessoa com Deficiência) e a ex-prefeita Marta Suplicy (Relações Internacionais). Marina Magro foi nomeada procuradora-geral do Município.
São no total oito mulheres escolhidas, com R$ 2,5 bilhões, ou 3,6% do orçamento total de 2021, orçamento esse na casa de mais de 68 bilhões. O aumento real do número de mulheres dessas citadas no governo de Covas foi de somente uma a mais, apesar de toda a conversa sobre direitos, representatividade, o máximo que o governo direitista e golpista do tucano conseguiu fazer para emancipar as mulheres em sua gestão foi contratar mais uma mulher negra.
Essa política de se atrelar falsamente as causas das mulheres não foi exclusividade de Covas nas eleições, todos os tucanos e em todos os lugares do país se utilizaram dessa retórica, mas basta uma breve pesquisa sobre a situação dos locais onde venceram para ver que a realidade não é bem por aí. No caso da esquerda a situação é exatamente igual, já que toda a esquerda que conseguiu ganhar algo no período eleitoral foi se travestindo ou se atrelando a elementos da direita golpista, rifando totalmente sua política para se adequar ao golpe.
A política de Covas e Doria nesse momento é a de desemprego, privatizações e retirada de direitos, essas ações em si atingem em cheio as mulheres, que são a parcela mais vulnerável da população.
A ideia de boa parte da esquerda pequeno burguesa de atrelar a emancipação das mulheres a representação no parlamento ou em governos, como esses é jogar areia nos olhos das pessoas para a natureza e o perigo que é a direita tradicional. As mulheres que são representantes nesses governos têm papel quase nenhum, já que foram colocadas em posição mais que secundária, mas muito pouco do que podem vir a fazer sobre a bastão de Covas e Doria não será benéfico para a população da cidade.
Sobre a administração dos golpistas do PSBD, só resta para as mulheres escravidão, perda de direitos e retrocessos.