A direita está sempre procurando brechas nas necessidades da sociedade para criar mais leis, mais lucro e, ainda de quebra, mostrar o quanto é “progressista e “democrática”. A questão do meio ambiente está muito em evidência, principalmente depois das queimadas que assolaram o território amazônico, onde até o imperialismo francês quis vir dar pitaco em problemas que não são dele, contudo, a justiça burguesa vem tentando utilizar essa temática para benefício próprio.
Na tentativa de surfar nas pautas progressistas, nesta quarta-feira (18), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei que proíbe os hotéis, restaurantes, padarias, bares e outros estabelecimentos comerciais de fornecerem copos, talheres, pratos e outros objetos que sejam de plástico descartável. O projeto é do vereador do Partido Verde, Xexéu Tripoli e ainda precisa passar por uma segunda votação e pelo crivo do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB).
Essa medida não passa de um ataque aos pobres, mais uma vez, como é característico da direita. Culpabilizam a população pela destruição e poluição quando sabem que, na verdade, os responsáveis por prejudicar o meio ambiente são as grandes empresas, que constantemente jogam os lixos de suas empresas em rios, mares e lagos. Ou das prefeituras, que não tratam direito o problema do esgoto das cidades, do lixo reciclável, dentre outras coisas.
O principais prejudicados com essa lei, que prevê multas de até R$ 8 mil, serão os pequenos comerciantes, donos de pequenos restaurantes, etc., já que utensílios de plástico tendem a ser mais baratos do que os outros. Enquanto o Estado corta orçamento de coleta de lixo, esgoto, fiscalização da poluição das indústrias, a direita tenta empurrar a responsabilidade no consumo da população. Isso é uma especie de fascismo ecológico e de aumento de leis repressivas contra a população.