Na última terça-feira (02), um grupo de agentes de segurança realizou uma manifestação no Salão Verde da Câmara dos Deputados contra o governo Bolsonaro.
Aos gritos de “Bolsonaro traidor”, os policiais protestavam contra a mudança das regras referentes à categoria dos agentes subordinados à União no texto da reforma da previdência.
Eles também seriam afetados pela reforma, que visa simplesmente exterminar o direito da aposentadoria para os trabalhadores.
De acordo com a imprensa burguesa, após o protesto Bolsonaro voltou atrás e iniciou conversações com deputados para aliviar a mudança das regras para os policiais civis e federais.
Eles são uma parte da base de apoio do bolsonarismo, que votou em Bolsonaro e participou do movimento de extrema-direita. De fato, é justamente dos setores da repressão de onde surgem os principais elementos que constituem a base do fascismo, historicamente.
No entanto, com o total desastre que é o governo Bolsonaro, a sua própria base social vem se desagregando. Isso é perceptível nos coxinhatos, esvaziados, porque, por um lado, a burguesia está dividida e não coloca mais tanto dinheiro em sua promoção, e, por outro lado, a pequena-burguesia também está vendo seus direitos e padrão de vida atingidos pela política de devastação do governo ilegítimo.
O racha absurdo que ocorre na base de Bolsonaro evidencia que ele é um presidente totalmente impopular, ao contrário do que tenta difundir a imprensa capitalista. Até mesmo os antigos eleitores do fascista já começa a reivindicar o Fora Bolsonaro. A esquerda deve organizar essa insatisfação popular e unificá-la em uma proposta clara: Fora Bolsonaro e Eleições Gerais Já, com Lula livre porque sua prisão é ilegal.