No dia 08/10/2018, uma jovem de 19 anos, se dirige a uma delegacia e acusa 3 fascistas, eleitores de Bolsonaro, de a segurarem e marcarem uma suástica nazista em sua barriga utilizando um canivete.
A motivação para o crime era que ela estava utilizando um adesivo #elenão, como forma de repúdio à candidatura fascista de Jair Bolsonaro.
Por ocasião do registro de ocorrência o delegado Paulo Jardim, da primeira delegacia de Porto Alegre, ironizou o ataque e debochou da vítima e de toda a sociedade dizendo que se tratava de um símbolo budista.
Essa postura fascista, de cunho misógino é o reflexo das políticas utilizadas pelas instituições brasileiras, que são nitidamente utilizados pela burguesia como ferramenta e arma de ataque as classes mais baixas e a classe trabalhadora.
Após essas afirmações, feitas pelo delegado, não seria necessário um laudo da perícia para apontar, segundo a instituição, uma farsa por parte da vítima.
A intenção de desqualificar as informações prestadas pela vítima ficou patente por parte do delegado.
Agora, passados vários dias do ocorrido, como já era de se esperar, o laudo da perícia da polícia fascista indica que houve fraude por parte da vítima que teria se auto mutilado.
Obviamente a polícia não fornecerá laudos forjados, como esse, para os casos das trans Juyianna Barbosa espancada na Baixada, na cidade de Nova Iguaçu e Jéssica de Oliveira agredida a pauladas em lanchonete no Distrito Federal.
Também não será possível fornecer um laudo forjado para justificar a morte do Mestre Moa do Catende, atacado a facadas por manifestar a sua opinião política.
Somente formando comitês de auto-defesa e de luta contra o golpe poderemos nos defender dos ataques fascistas de cunho racista, misógino, homofóbico e xenófobo por parte dessa direita entreguista, que tem interesse em destruir todas as garantias sociais dos trabalhadores brasileiros.